quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O botão de rosa

*June Y. Powers

Sai de Okanagan Falls, Colúmbia Britânica, Canadá, e me dirigia a Williams Lake, quando o vi parado à margem da estrada, com o braço estendido e o polegar erguido. Meu primeiro impulso foi passar direto, mas a impressão de que devia dar-lhe carona me fez ir para o acostamento, passar os objetos que estavam no assento dianteiro para o de trás e destravar a porta. Ele entrou, agradecendo por eu ter parado. Fiz a pergunta proverbial: "Para onde você vai?" "Para Kelowna." Ele tinha um compromisso. Eu lhe disse que passaria por lá. Enquanto eu dirigia, tivemos uma conversa interessante.
Chegando a Kelowna, parei onde ele queria desembarcar. Ele me ofereceu um pequeno botão de rosa, tirado de sua mochila. Isso realmente me surpreendeu. Peguei a flor e lhe agradeci. Ele saiu, fechou a porta e se foi.
Meu impulso natural foi desprezar o presente. Era uma flor pequenina - mas bonita, delicada,suave como veludo, com um pedacinho de caule que prontamente envolvi com um tecido úmido. Por que você está aqui, entre meus dedos? Qual é o seu propósito, botãozinho de rosa?  
Lembrei-me da promessas que Deus me fez, ao longo dos anos. Uma promessa após outra me mostra que sou valorizada. Sou preciosa. Sou amada. Pertenço a um Pai que nunca muda, que é firme, digno de confiança. Ele me trouxe até aqui e não me abandonará agora. É meu auxílio hoje, amanhã e para sempre. E me fará superar tudo. Avisaram-me que o medo, a preocupação e a ira me separam do Seu cuidado. Suas promessas são abraços, beijos e, sim, disciplina também. São bilhetes de amor que me fortalecem.
No tempo de Deus, este botão de rosa se tornará tudo o que Ele designou que eu fosse. Tudo o que Ele quer que eu seja. Tudo o que ele sonhou que eu fosse e tudo o que Ele sabia que eu podia ser, por Sua causa. Sob seus cuidados, o botão de rosa desabrocha até alcançar seu tamanho, sua cor, seu perfume, sua textura, seu propósito. Perfeito em cada estágio do crescimento, partilhando sua bênção pela mão amorosa do Criador. "Quando eu fizer com que você desabroche até a plenitude, June, você será tudo o que Eu a criei para ser. Cm amor, Seu Pai"
Ainda guardo o botão de rosa, e me lembro do Caroneiro do Botão de Rosa. Muito obrigada, Pai!

*June Y. Powers é uma cristã, mãe de seis filhos e avó de 14 netos. Entre outras coisas, gosta de passeios na natureza e canoagem. Mora no Canadá.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Clássicos Cristãos - Sou Feliz com Jesus










Deus, somente Deus (Quatro lindas versões)








De manhã, Senhor


Logo de Manhã - Nando Padoan e Quarteto Virtude


Logo de Manhã - Vencedores por Cristo


Logo de Manhã - Aristeu Pires


Sete conselhos úteis para todo cristão

1.  Encontre-se com o Senhor de manhã cedo.

2.  Assim que levantar-se  (antes de pensar, ver ou fazer qualquer outra coisa), faça uma respiração da vida, invocando o nome do Senhor Jesus  (Ó, Senhor Jesus!), profundamente, do seu interior. Ao fazê-lo, expire todas as coisas negativas  (seus temores, ansiedades, tristezas, pecados e enfermidades) e inspire o Senhor o Senhor Jesus (Sua vida, conforto, pureza e cura).

3.  Leia a palavra da Bíblia com oração (não rapidamente, mas devagar; melhor ainda se ler com oração, louvor e ações de graça). Também é proveitoso (não essencial), utilizar junto com a Bíblia um "Devocional Cristão", que tenha palavras de encorajamento, testemunhos e mensagens diárias suaves e consoladoras.

4.  Se possível, escreva  num caderninho, em pequenas frases ou texto, o sentimento que recebeu na Palavra ou alguma lição que aprendeu na Palavra.

5.  Se utilizar um livro devocional, poderá lê-lo pela manhã ou a noite. Medite em seus textos.

6.  "Rumine", durante o dia, a Palavra que leu pela manhã, na presença do Senhor, no espírito e em qualquer lugar. Ruminar aqui, tem o sentido de trazer de volta à mente e ao coração as palavras lidas anteriormente.
Todos nós diariamente nos relacionamos com outras pessoas que também precisam de uma mensagem de conforto. Se tivermos assimilado bem o conteúdo daquilo que lemos pela manhã, poderemos compartilhá-lo com elas durante o dia.

7.  Testemunhe nas reuniões cristãs que você participa, a sua experiência diária com Cristo.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Falar com Deus - Novo Tom






Jesus Cristo, a vida do mundo!


Não é vida a vida que se vive por engano,
esta triste vida que não tem calor humano,
pois viver a vida é muito mais que aparência
de viver a vida que é só sobrevivência.

Não é vida a vida que se vive como escravo
sem ter voz ou vez, sem lar, abrigo nem centavo,
pois viver a vida é como a busca de aventura:
só é vida a vida enquanto a liberdade dura.

Não é vida a vida que se vive sem futuro,
que só tem memória, só passado vago e escuro,
pois viver a vida é muito mais do que a lembrança:
só é vida a vida que ressurge da esperança.

Essa vida é a vida que em Jesus nós alcançamos
quando junto a ele o mundo injusto transformamos,
e vencendo a morte, as opressões e a tirania,
viveremos sempre no Seu reino de alegria.

Jesus Cristo é a vida,
é a vida do mundo!


Jaci C. Maraschin









Uma oração...



Senhor Santo, eu pequei um sem-número de vezes, sou culpado de orgulho e incredulidade; de fracasso em encontrar a Tua mente na Tua Palavra; de negligência em Te buscar no meu viver diário. Minhas transgressões e fraquezas denunciam-me com uma lista de acusações, mas eu Te bendigo porque elas não prevalecerão contra mim, pois todas elas foram postas em Cristo. Continua subjugando minhas perversões e concede-me graça para viver acima delas. Não deixa que as paixões da minha carne ou as concupiscências da minha mente levem o meu espírito à escravidão, mas governa Tu sobre mim, em liberdade e poder.

Eu Te agradeço porque muitas das minhas orações foram recusadas. Eu pedi mal e não recebi; eu orei com base em concupiscências e fui rejeitado; eu cobicei o Egito e foi-me dado um deserto. Continua com Tua paciente obra, respondendo "não" às minhas orações iníquas, e capacitando-me a aceitar isso. Purifica-me de todo desejo falso, toda aspiração egoísta, tudo aquilo que é contrário ao Teu preceito.
Eu Te agradeço por Tua sabedoria e Teu amor, por todos os atos de disciplina aos quais sou submetido, por algumas vezes ser colocado na fornalha para que meu ouro seja refinado e minhas impurezas, removidas.

Afasta-me de todo hábito maligno, todo crescimento de pecados passados, tudo aquilo que ofusca o brilho da Tua graça em mim, tudo aquilo que me impede de deleitar-me em Ti.
Então, eu Te bendirei, Deus Meu e Senhor Meu!
De: Adriano Canuto

Primavera




“Veja! O inverno já passou; acabaram-se as chuvas e já se foram. Aparecem flores na terra, e chegou o tempo de cantar; já se ouve em nossa terra o arrulhar dos pombos. A figueira produz os primeiros frutos; as vinhas florescem e espalham sua fragrância. Levanta-se minha querida, minha bela, venha comigo.”- Cantares 2:11-13

Esse é um texto lindíssimo. Gosto de meditar nas palavras que tocam minha alma. Como gosto de: “Veja! O inverno já passou”. São pouquíssimas as regiões no Brasil onde o inverno é rigoroso, mas em alguns países o inverno é um tanto depressivo, limitador, poucos pássaros, flores quase nenhuma e o céu acinzentado.

Tem períodos em que nossa alma vivencia o inverno e a sensação que se tem é que não terminará. As árvores ainda não floresceram e não se ouve a alegria dos pássaros.
Aguarde! Não perca a confiança ou a esperança. Continue descansando em Deus, pois o inverno passará.

Interessante, pois hoje vi um pequeno broto surgindo no meu inverno!


Luciano Manga (Do Blog: Profundidade)

Quatro estações

Assim como há quatro estações no ano, há também estações em nossa experiência cristã. Isso significa que em nossa experiência com o Senhor, nós passamos pelo inverno, assim como pelo verão. As experiências de inverno são úteis, pois nos preparam para um novo começo, o qual vem com a primavera. Na natureza, Deus ordena o inverno, e em nossa vida,  Ele também permite esse período.

 Em nossa experiência espiritual há a necessidade de estar prontos para o inverno no tempo indicado. Mas, o que é estar pronto? É estar sempre buscando o Senhor e estar sempre confiante Nele. Assim, quando vierem as tribulações, você não vai estar desprevenido. Também a formiga se prepara para o inverno. O nosso preparo é estar firme no Senhor, constituídos com sua Palavra e cheios do Espírito.

Não devemos esperar ter um verão interminável em nossa vida cristã. Devemos esperar o sucessivo ciclo de primavera, verão, outono e inverno. Toda vez que chegamos a um inverno em nossa experiência com o Senhor, devemos ficar encorajados, pois a primavera e o verão seguirão no devido tempo.
Josy



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Belas Imagens
































Clique nas fotos para vê-las em tamanho maior.

"Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra"

Conheci a (possível) carta do Cacique Seattle quando cursava o antigo "Curso Normal" (Formação de Professores do Ensino Fundamental)... Era 1984, mas até hoje estas palavras me comovem da mesma forma que me comoveram naquele dia. Ainda fico com a voz embargada ao ler tais palavras. A triste emoção vem por ver acontecendo dia a dia, o que na carta está escrito: a destruição de nossa terra e o desrespeito ao índio.



Sobre a origem da carta:
 Em 1854, o presidente dos Estados Unidos propôs ao chefe indígena Seattle, que vendesse ao Governo Americano uma grande área de terras dos índios Peles-vermelhas, prometendo uma reserva para que nela eles pudessem viver. A resposta do cacique (Chefe Seattle), teria vindo através de uma carta ao Presidente Franklin Pierce. Esta carta é uma profunda declaração de amor ao Meio Ambiente, porém sua autenticidade não é comprovada. Por haver mais de uma versão da carta, não se pode afirmar qual é a verdadeira e nem se realmente o Cacique Seattle a escreveu. Bem, a famosa "carta", pode ter sido, na verdade, um texto publicado em um jornal  local, baseado em uma inspirada reflexão que o Cacique Seattle fez para sua tribo, reunida naquele deslumbrante cenário natural (os índios peles-vermelhas viviam onde atualmente se encontra o estado de Washington - no extremo noroeste dos Estados Unidos, fazendo divisa com o Canadá). O discurso (reflexão) do Cacique sobre a relação do homem com a natureza, teria sido uma resposta à proposta presidencial de compra de terra, trazida pessoalmente pelo recém-chegado encarregado de assuntos indígenas do governo norte-americano.

O primeiro registro conhecido sobre a fala do Cacique Seatlte é um artigo publicado pelo Dr. Henry Smith, no Jornal Seattle Sunday Star, em 1887. O Dr. Smith teria estado presente quando do pronunciamento do Grande Cacique, tendo o texto do artigo se baseado nas anotações que seu autor teria feito na ocasião do discurso.

Abaixo, o texto do Dr. Smith, com as profundas impressões que teve na ocasião do discurso. Esse texto traz a impressionante descrição que o Dr. Smith fez sobre  local onde o fato ocorreu, sobre a atitude dos ouvintes - de profundo silêncio e atenção e, mais impressionante ainda, sobre a forte, solene e carismática personalidade do orador e, finalmente, sobre a forma com que a fala foi proferida. De fato, o cenário descrito faz com que nos perguntemos se aquele não foi um daqueles raros  e mágicos momentos da história da humanidade em que um coração forte, sensível e inspirado, consegue verbalizar palavras que chegam  fundo no coração de outros homens. Mesmo, que estes outros homens, tomem conhecimento daquelas palavras, muitos e muitos anos depois... confirmando o que disse Seattle:  "Minhas palavras são como as estrelas, que não empalidecem".

Cacique Seattle

A seguir, o texto do Dr. Henry Smith:



"O velho cacique Seattle era o maior índio que eu jamais havia visto. E o que tinha aparência mais nobre. Em seus mocassins, ele media mais de 1,80m, ombros largos, tórax amplo e traços finos. Seus olhos eram grandes, inteligentes, expressivos e amigáveis quando em repouso, e espelhavam fielmente os variados estados de espírito da grande alma que olhava através deles. Normalmente ele era solene, calado e digno, porém nas grandes ocasiões movia-se na multidão como um Titã entre Liliputianos, e o que dissesse era lei.

Quando se levantava para falar, em reuniões, ou para oferecer conselho, todos os olhos se voltavam para ele, e então frases profundas, sonoras e eloqüentes fluíam de seus lábios assim como trovões de cataratas fluindo continuamente de fontes inexauríveis. Suas diretrizes soavam tão nobres como teriam soado aquelas do mais cultivado chefe militar que estivesse no comando das forças de todo o continente. Nem sua eloqüência, nem sua dignidade ou sua graça haviam sido adquiridas. Elas eram tão próprias da sua personalidade quanto as folhas e as flores o são em um pessegueiro em flor.

Sua influência era maravilhosa. Ele poderia ter sido um imperador, mas todos os seus instintos eram democráticos, e ele comandava os seus leais cidadãos com suavidade e com paternal benignidade.

Ele sempre era alvo de especial atenção pelo homem branco, principalmente quando sentado à sua mesa. Era nessas ocasiões que ele demonstrava, mais do que em qualquer outro lugar, o cavalheirismo que lhe era genuíno.

Assim que o Governador Stevens chegou em Seattle e disse aos nativos que tinha sido indicado com comissário para assuntos indígenas para o território de Washington, estes lhe prepararam recepção frente dos escritórios do Dr. Maynard's, na margem próxima da Rua Principal - Main Street. A baía enxameava de canoas enquanto a margem esta tomada por uma morena e movimentada massa humana. Quando o timbre de trombeta da voz do velho cacique espalhou-se sobre a imensa multidão como o rufar de um tambor, formou-se um silêncio tão instantâneo e perfeito como aquele que segue o crack do trovão em um céu limpo.

Sendo então apresentado à multidão nativa pelo Dr. Maynard, em um tom conversacional, direto e objetivo, o Governador deu imediatamente início a uma explanação sobre sua missão, que é conhecida demais.

Quando ele se sentou, o cacique Seattle levantou-se com a dignidade de um Senador que carrega em seus ombros a responsabilidade sobre uma grande nação.

Colocando uma mão sobre a cabeça do Governador, e lentamente apontando para o céu com o dedo indicador da outra, em tom solene e impressionante, começou seu memorável pronunciamento."

- O texto acima foi tirado de: "Trechos de um diário: O cacique Seattle: Um cavalheiro por Instinto" - 10º artigo da série "Primeiras Reminiscências - Seattle Sunday Star, 29 de outubro de 1887 do articulista Henry Smith.



Bem,  pronunciamento verbal ou  carta, o fato é que tais palavras parecem ter brotado mesmo do coração puro e simples de um índio cheio de reconhecimento à natureza por tudo de bom que ela dá ao homem.

A carta se tornou um documento importante e que merece uma reflexão atenta, pois é uma lição que deve ser  cultivada por esta e pelas futuras gerações.

Decorridos quase dois séculos deste discurso, seus ensinamentos permanecem atuais e proféticos para todos aqueles que sabem enxergar no fundo, o conteúdo de sua mensagem.

A carta do cacique Seattle é uma lição inesgotável de amor à natureza e à vida, que permanece na consciência de milhões de pessoas em todas as partes do mundo. Todos aqueles que amam a natureza e tudo o que nela vive, admiram tais palavras.

A cada leitura, renovamos os ensinamentos que ali estão. Serve para ler e reler e passar adiante para que todos a conheçam.


No Brasil, existiam em torno de quatro milhões de indígenas quando os colonizadores chegaram. Hoje restam cerca de 300 mil! Embora o indígena tenha contribuído de forma essencial para a miscigenação da raça brasileira, é certo que foram sendo expulsos de suas terras pelos exploradores e eliminados por doenças contraídas  através do convívio com os brancos.

Atualmente, continuam sofrendo a invasão de suas terras por madeireiros, fazendeiros e garimpeiros, seus principais algozes.

Os indígenas possuem conhecimentos sobre plantas e animais e formas de viver em harmonia com a natureza... sabedoria milenar que precisamos aprender a cultivar e preservar.

A história dos indígenas em cada país onde existiam, antes do homem branco, é diferente nas suas particularidades, mas no seu conteúdo são iguais. Nos Estados Unidos ou no Brasil, os problemas enfrentados pelos indígenas foram os mesmos. Daí esse sentimento de solidariedade e cooperação que existe entre os diferentes povos indígenas e essa sabedoria milenar da qual todos nós temos muito que aprender.


A carta ou pronunciamento verbal do Cacique Seattle ao presidente norte-americano: 


    "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade.

Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia nos parece estranha. Nós não somos donos do frescor do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, cada punhado de areia das praias, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

A seiva que circula nas árvores, carrega consigo as recordações do homem vermelho.
Para nós, somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos.  Os picos rochosos, os sucos úmidos nas campinas, o calor  que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem a mesma família.

Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.

Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.

O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto,vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.

Não sei... Nossos costumes diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.

Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.

O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Eu sou um selvagem e não compreendo como um  fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que um bisão, que nós, índios, matamos apenas para o sustento de nossa vida. 

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Tudo está relacionado entre si.

Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés, é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças, o que ensinamos as nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos seus filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra.

Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.

Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.



Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.



Porém, em seu desaparecimento, vocês brilharão com intensidade, queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos selvagens domados, os recantos secretos das florestas carregados de odor de muita gente e a vista das velhas colinas manchadas por fios que falam.

 Onde está o bosque? Acabou. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.

Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.

Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Preteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."



-Esta carta é um texto de domínio público distribuído pela ONU.





















segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pequenas Gotas de Chuva

"Eis que as nações são consideradas por Ele como um pingo que cai de um  balde." Isaías 40.15

"Ele se assenta no Seu trono, acima da cúpula da Terra, cujos habitantes são pequenos como gafanhotos". Isaías 40.22 - NVI


* Edileuza de Souza Meira 
Você alguma vez, parou para observar uma gota de chuva ou de orvalho sobre uma pétala de flor? Não parece frágil e insignificante? E o que se pode dizer de um gafanhoto que salta aqui e ali, e de repente acaba entrando na sua casa?
Na natureza, vemos inumeráveis espécies pequenas, frágeis, que parecem insignificantes. Sua insignificância aumenta ainda mais se for comparada com majestosas montanhas que parecem tocar o céu, ou árvores altaneiras que balançam de um lado para o outro, ao serem sopradas pelo vento, mas ainda assim permanecem firmes no lugar.
Quantas vezes desprezamos a lagartinha grudada ao caule de uma planta; porém, entusiasticamente admiramos as gigantescas ondas do oceano que chegam à praia. De modo semelhante, centenas de vezes pisamos sobre formiguinhas, sem mesmo notá-las; enquanto isso, nos maravilhamos diante do número imenso de brilhantes estrelas que cintilam no céu noturno.
Um minúsculo caracol não é valorizado, mas admiramos a majestosa pose do leão rugindo, que nos faz tremer.
É intrigante refletir sobre a razão pela qual Deus nos compara à coisas tão pequenas, que aparentemente carecem de valor. Nós, como seres humanos, somos impressionados por força, exuberância e poder. Parece, todavia, que Deus pensa de modo diferente.
Ao meditar nesses textos, concluo que Deus é verdadeiramente poderoso e soberano, acima de todas as coisas. Ao mesmo tempo, como Criador, ele ama os pequenos tanto quanto os grandes. Vendo-nos como gotas de chuva ou gafanhotos, Ele cuida de nós com bondade, porque sabe quão fracos e vulneráveis somos. Se, para nós, uma gota que cair de um balde de água não tem nenhum valor, lembremo-nos de que para nosso amoroso Deus essa única gota é muito importante.
Fico feliz porque Deus é grande e poderoso. Ele me ama tremendamente e cuida de mim, assim como cuida de todas as outras criaturas indefesas. É maravilhoso saber que posso confiar nEle. Por que você, também, não põe sua confiança em nosso maravilhoso Criador, que cuida dos pequenos e dos grandes?

*Edileusa de Souza Meira é professora e mãe de três crianças.

Devocional Cristão "Meditação da Mulher" - CPB



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Todas as pequenas coisas

Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3.6 - NVI


*Anna May Radke Waters
Foi um daqueles dias em que as coisas que  eu precisava fazer pareciam não ter fim. Sai para buscar tecido para uma costura, comprar um estoque de papel, envelopes e cartões para o escritório, bem como tentar encontrar um brinquedo adequado para meu neto mais novo. Além disso, fazer compra no mercado, ir ao correio e ao banco e - bem, sei que você captou a ideia.
Ao sair da papelaria, pensei em ir a um shopping próximo, do outro lado do rio. Havíamos estado ausentes durante o inverno, e tive a curiosidade de saber que lojas novas poderiam ter-se instalado.
Ao entrar no carro, comecei a ouvir o noticiário no rádio. Era essencialmente um som ao fundo, até que ouvi o nome do shopping para onde eu planejava ir. Parecia haver um grande problema de trânsito e muitos carros de polícia estavam em cena. Pediam que os motoristas evitassem a região da rodovia. Sentada ali, pensei em quão interessante foi o fato de que Deus, a Seu modo, estivesse a me dizer que não fosse para lá.
Sabe, sou uma daquelas pessoas que simplesmente não começam o dia sem entregar tudo a Deus. Sei que seus planos para mim são muito melhores do que os meus. Faço planos, sim, mas se não realizo todos, concluo que há uma razão para isso, e tudo fica bem. Deus tem muitas maneiras de falar conosco, mas nunca antes Ele  havia me falado através de uma notícia no rádio do carro. Dificilmente ligo o rádio - aconteceu justamente no momento certo para me informar, e nem imagino a confusão que haveria se eu tivesse ido ao shopping sem saber de nada. Fazer isso não teria sido algo pecaminoso; foi simplesmente um daqueles casos em que Deus sabia quanto seria frustrante para mim, e Ele "falou" comigo antes que eu fosse.
Uma vez mais, entendi que Deus verdadeiramente cuida de cada pequena coisa que diz respeito à nossa paz. Ele deseja que sejamos felizes, e qual é a melhor maneira de garantir que eu tenha um bom dia senão entregá-lo a Ele? Mesmo que algo saia errado, sei que Ele estará comigo, dando-me paz. Compreende quão perto está a salvação daqueles que O temem? Jesus disse: "Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo" (João 14.27 - NVI).

*Anna May Radke Waters  é casada, tem oito netos e duas bisnetas. Anna é uma secretária aposentada.

Devocional Meditação da Mulher - Declaração de Amor - CPB












quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Oração de agradecimento a Deus!

Senhor, eu te agradeço pela família que tenho, pelo teto que me abriga, pelo pão que me alimenta. Pelos amigos que conquistei, pelas alegrias vividas. Por meus olhos perfeitos, por todos os meus sentidos.

Obrigada Senhor, pelas barreiras que enfrentei, pelos obstáculos que venci. Pelos momentos tristes, pelas mágoas e dores que sofri. Pela luta constante, pela coragem e  fé que me deste e que me fizeram descobrir o verdadeiro sentido da vida.

 Obrigada Senhor, pelo amor que semeastes em mim. Por ter me ensinado a caminhar pela vida com dignidade. Por ter me dado sabedoria para reconhecer que os mais belos e preciosos valores não podem ser vistos, nem tocados com as mãos, que são sentidos com a alma e vistos pela janela do coração. Eu te agradeço Senhor, Por ter me concedido a graça de viver!

 Querido Deus, eu agradeço por me mostrar que sou protegida, guiada e iluminada pela sua presença divina no mais íntimo do meu ser. Agradeço Senhor, por me dar abrigo na tempestade, por endireitar o que está torto, por criar saídas onde parece não haver escapatória.

 Agradeço Senhor, pela sua compaixão, pela sua graça, pela sua bondade, que estão sempre presentes, sustentando-me nos momentos mais difíceis. Agradeço Senhor, por não me deixar esquecer que você me habita e o Teu Espírito me vivifica. Agradeço Senhor, pelo que Tu és! Obrigado Senhor!



"As orações postadas aqui no blog, são para que possamos refletir nelas. Não é minha intenção que elas sejam usadas como uma reza, isto é, que sejam feitas orações exatamente com essas palavras. Creio nas orações vivas e inspiradas pelo Espírito Santo, porém cada um tem a sua própria experiência e comunhão".


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A Bondade de Deus



A bondade de Deus é contínua. Está presente cada dia. Não se esgota, não evapora, não se desgasta, não desaparece... É como chuva incessante, como fonte inesgotável, como rio que nunca seca, como a manhã que se renova.
A bondade de Deus é imensa, quem a poderá medir? É profunda como o mar, alta como as estrelas!
Esta bondade está presente em nosso próximo, em nossa família, na natureza, na água que bebemos, no pão que comemos.
É só olhar ao redor e observar cada detalhe da vida, para perceber como Deus é bom. (Salmo 52:1).
Pr. Edilson Ramos

Do Blog do Pr. Edilson Ramos






terça-feira, 23 de outubro de 2012

Contarei as obras do Senhor



No Salmo 118:17 está escrito: "NÃO MORREREI; ANTES VIVEREI E CONTAREI AS OBRAS DO SENHOR." Interessante esta frase do salmista ao enfrentar lutas, dificuldades, obstáculos em sua vida. Apesar de não ter sido fácil, ele olha para Deus e crê de todo o coração na intervenção do Senhor. Ele acredita que as batalhas travadas em sua vida se transformarão em testemunhos para a glória de Deus. Crê fielmente no livramento do Senhor! Ele sabe que a graça do Senhor encherá sua vida de entusiasmo, de força!
Assim como o salmista devemos lembrar que Deus nos chama a uma vida espiritual abundante, nos tornando capazes de superar barreiras que surgem em nossa frente!
Mantendo a confiança em Deus viveremos para contar de suas bênçãos, de suas maravilhas! O salmista afirma que contará as obras do Senhor! Ele não tem dúvida quanto a sua vitória final.
Possamos olhar firmemente para Deus, e dizer como ele: "Não morrerei; antes viverei e contarei as obras do Senhor."

Pr. Edilson Ramos




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Livro da Felicidade





Muitas pessoas já compraram um livro de auto-ajuda. Esse tipo de livro é vendido em muitos lugares (livrarias, lojas de conveniência, padarias, mercados etc.) pois são garantia de lucro para os comerciantes. Sua característica marcante é propor uma mudança de comportamento nos leitores.
Não temos dúvida de que as pessoas que compram esses livros estão legitimamente buscando felicidade e qualidade de vida. Contudo, o que muitos esquecem é que, provavelmente, já possuem em casa o único livro que realmente pode nos trazer sentido e felicidade para viver: a Bíblia, que é a Palavra de Deus. Que todos nós possamos criar o saudável hábito de lê-la diariamente!
Ora, se temos dúvidas em como proceder no manuseio de um carro ou de qualquer outro objeto, nada melhor do que ler o manual que os acompanham, escrito pelo fabricante. Da mesma forma, se temos problemas com nós mesmos, em nossos relacionamentos, no emprego ou família, nada melhor do que recorrer ao "Manual", que é a Bíblia, escrito por nosso Criador.
De fato, ela nos mostra o caminho para sermos felizes. Em sua leitura, vemos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, justamente para conter Deus em seu interior (Gênesis 1:26). Tal como uma luva que foi criada à imagem e semelhança da mão, para que esta possa ser encaixada perfeitamente àquela, o homem somente se sentirá plenamente satisfeito a partir do momento em que deixar Deus entrar em sua vida para preencher todo o seu vazio existencial.
Além disso, temos de atentar para as palavras ditas por Jesus nas nove bem-aventuranç as (Mateus 5:3-12). Numa delas o Senhor disse: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (v. 8). Não se trata evidentemente, de ver com os olhos físicos, pois Deus é Espírito, invisível, mas de vê-Lo com os olhos do coração (João 4:24; Efésios 1:18). Assim, se tivermos um coração limpo, veremos Deus e, por conseguinte, seremos bem-aventurados, isto é, felizes.
Ocorre que a sujeira no coração (que são os pecados) fazem uma barreira de separação entre nós e Deus (Salmo 32:3-5). Assim, faz-se necessária uma limpeza em nosso coração para que possamos nos achegar a Deus. Mas como se faz esta limpeza? "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9).
Portanto, prezado leitor, para ser preenchido por Deus e ter o coração limpo, basta crer de todo o coração e invocar o nome do Senhor, com uma simples oração: "Senhor Jesus, obrigado por teres morrido por mim e derramado Teu sangue precioso. Perdoa todos os meus pecados. Purifica o meu coração pois quero passar a ver-Te. Preenche o vazio que sinto em minha vida e dá-me a verdadeira felicidade. Jesus é o Senhor! Amém!".

Texto extraído da seção "Boas Novas" da edição 194 do Jornal Árvore da Vida




Provérbios para os pais 

     O livro de provérbios é um livro de instruções. Foi escrito para ajudar os imaturos a alcançar a maturidade. Ele, como uma luz, aponta o caminho que deve ser seguido em meio a tantos caminhos. Os pais devem utilizar esse tesouro de sabedoria para ajudar os filhos a atingir a maturidade e a temer ao Senhor. Essa é a maior contribuição que eles podem oferecer aos filhos.
     Tudo começa com o coração. Esse é o ponto de partida de todas as coisas. Se vamos seguir à direita, reto ou à esquerda, tudo depende do nosso coração, do que foi semeado nele, do princípio que o governa. Podemos dizer que há apenas três caminhos por onde uma pessoa pode trilhar sua vida: o caminho da ética (direita), do pecado (esquerda) e o caminho de Deus (reto).
     Muitos pais educam seus filhos baseados nos princípios éticos e morais. Desde cedo eles são levados a considerar o valor de ser verdadeiro, honesto, franco, fiel, obediente e respeitador. Outros pais esforçam-se para livrar os filhos de andar pelo caminho escabroso das drogas e da delinquência. Esses dois tipos de orientação do ponto de vista da sociedade são muito bons. Com certeza, se esses pais fossem a maioria, teríamos lares cheios da virtude humana elevada, com filhos exemplarmente éticos e morais e, como resultado, uma sociedade de alto nível.
     Como muitos pais atentam apenas para esse tipo de criação de filhos, eles ficam extremamente satisfeitos quando os vêem com a capacidade de desenvolver-se moralmente e de discernir o bem e o mal. Mas discernir o moral do imoral, o ético do aético, seria suficiente? Conseguindo isso você sente que teria concluído sua missão de pai?
     Isso é bom, mas insuficiente. Por isso devemos lembrar-nos sempre de que nossos filhos precisam nascer de novo. Precisam receber a vida de Deus para dentro deles e isso independe do caminho que seguiram.Se andaram  pelo caminho da esquerda, do pecado, eles vão precisar de Deus; se andaram pelo caminho da direita, da ética e da moral, vão necessitar nascer de Deus do mesmo modo.
     Encorajamos os pais a continuar a desenvolver a virtudes humanas em seus filhos, porém, sem se esquecer da regeneração, que os filhos tanto precisam experimentar.
     Em outras palavras: os pais devem se preocupar também com o caminho do meio,  o caminho reto, o caminho que leva os homens para Deus. E a primeira coisa a fazer é levá-los a reconhecer sua natureza pecaminosa e a necessidade de receber o Senhor como seu Salvador pessoal. Essa é uma necessidade que envolve todas as pessoas independentemente do caminho que tomaram.
     Que tipo de princípio você está semeando no coração de seu filho?
     É admirável tangê-los para longe do pecado e atraí-los para as coisas respeitáveis. Certamente isso irá guardá-los de uma expressão negativa em seu viver, mas não se esqueça de que o mais importante é que busquem seu Criador (Eclesiastes 12:1-8).
     Que os pais não apenas ajudem seus filhos a desenvolver a virtude humana e fugir do caminho mau, mas que, sobretudo, conduzam seus filhos para Deus.
                  (Este artigo foi inspirado em algumas partes do capítulo 3 de Provérbios)


Fonte:  "Jornal Árvore da Vida" - nº 197 (Seção: Aos Pais)

Valores

É importante desenvolver valores e transmiti-los aos filhos, e porque não às pessoas de nosso convívio? Mas, qual é a base para os valores que temos? Qual é o critério para nossos valores?
Fazemos as coisas porque os outros fazem? Ou porque lemos em alguns livros? Ou porque vimos na televisão? Ou ainda, porque a sociedade faz?

Nossa base deve ser a Palavra de Deus. Nossos valores baseados na Palavra de Deus. Base sólida. A conduta humana não pode ser base para estabelecermos nossos valores. A base de nossos critérios e valores deve ser a Bíblia. Assim, aceito valores e princípios, porque é a Bíblia que está dizendo.
A Bíblia é totalmente confiável, pois é a Palavra soprada da própria boca de Deus. Quando foi tentado por Satanás, Jesus disse por várias vezes: "Está escrito", isto é, assim diz a Palavra de Deus.

É claro que devemos tomar a Bíblia com sabedoria, sempre percebendo o contexto, a época e os costumes da época, fazendo assim, a correta interpretação das Escrituras. Por exemplo, não se pode dizer que devemos usar as mesmas vestes que se usavam na época de Jesus ou antes (como túnicas para homens e véus para mulheres). Também seria incoerente acreditar que devemos ter muitos filhos, só porque a Bíblia aponta isso como uma bênção. Sem dúvida, filhos são uma bênção, mas ter muitos filhos  era um costume da época - ninguém é obrigado a segui-lo hoje.

Devemos verificar o significado da mensagem bíblica para os primeiros ouvintes, dentro do contexto histórico e cultural. Mas, com exceção dessas  características e práticas culturais, a Bíblia possui princípios santos e eternos, e se formos sábios, aplicaremos tais princípios em nossas vidas. E esses princípios serão nossos valores.

Sem dúvida, nossa vida e nossos valores devem sempre ser pautados pela Palavra.

Na Bíblia, o maior de todos os princípios, isto é preceito, é amar. Amar a Deus e ao próximo; e amar ao próximo como a nós mesmos, seguindo a regrinha áurea: Não fazer ao próximo nada que não gostaríamos que nos fizessem. É claro que nesse amor está incluído respeito, consideração, atenção, etc.

Há aqueles que não creem e não seguem a Bíblia, mas, essas mesmas pessoas (pelo menos a maioria delas),  acha que todos devem se portar com ética e moral, que devem tratar seu semelhante com respeito e que devem ter uma conduta correta, descente e honesta. Bem, essas pessoas não sabem, mas agindo e ou pensando assim, elas estão usando padrões bíblicos.
Josy


Para refletir: "Quando os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho". Romanos 2. 14- 16








"Traçar para eles [nossos filhos] uma vida perfeita, sem fracassos nem desapontamentos... é um plano de vida menos perfeito que a estrada esburacada que Deus inevitavelmente traça para nós. Pessoas que nunca sofreram na vida têm menos empatia por outras, pouco conhecimento das próprias limitações e deficiências, nenhuma perseverança diante das dificuldades e expectativas irreais com relação à vida... todos que são amados por Deus experimentam dificuldades."
( Timothy Keller (Deuses Falsos)


Para Refletir: Hebreus 12: 1-8






VALORES INVERTIDOS!

Não estou tão assustado com o que vejo hoje.
Mas ainda resta em meu coração a indignação!
Filhos mandando nos pais.
Pais rendidos aos gostos e caprichos dos filhos.
Uma palmadinha não pode! Vejam, falei, uma palmadinha e não espancamento. "Palmada não resolve", dizem alguns.
"É preciso dialogar!". Eu concordo que o diálogo, não só é importante, como deve acontecer. Mas fica a pergunta: "Como muitos pais, como os meus e de outros tantos que conheço, mesmo sem "cultura", pois eram semi analfabetos, me criaram com as tão abençoadas palmadinhas e eu hoje sou um homem formado e formador de opiniões?"
Não tive tudo que desejava. Eles não tinham condições e o não, muitas vezes, foi a resposta para o desejo da criança.
Vou dizer-lhes o que vejo, sob pena de fortes críticas. Mas, tudo bem, acho que ainda suporto umas palmadas.
A realidade que vejo é que os pais não tem mais tempo para seus filhos!
Os filhos não são mais educados por seus pais e sim por uma babá que fica o dia inteiro com elas enquanto seus pais estão ganhando dinheiro.
Ganhando dinheiro pra dar um conforto melhor aos seus filhos! A intenção é boa! mas será que é só disso que os filhos precisam?
Os mesmos que defendem o não das palmadinhas e o sim ao diálogo caem num erro grosseiro! Nunca estão presentes para dialogar quando preciso já que a babá é que , no fundo ,tem de cumprir com um papel que não lhe cabe, o de educar!
Nesse caso, sou contra as palmadas mesmo! Você nunca está com seus filhos e quando está vai dar palmadas?
Minha filha tem 8 anos de idade. Hoje não preciso mais dar umas palmadinhas nela! Mas eu conversava com ela, ainda no ventre. E converso hoje, todos os dias. Leio para ela e com ela e ela adora livros!
Minha esposa saiu do emprego para não deixá-la nas mãos de uma babá. Nossa filha é prioridade e não o dinheiro!
Nunca tive grandes coisas materiais, quando era criança! Mas tinha a presença dos meus pais, o amor, a atenção e o carinho! Agradeço as palmadas que levei da minha mãe e as repreensões do meu pai!
Nunca foi preciso nenhum deles ir a escola por problemas causados por mim. Hoje sou professor e me entristeço de ver crianças e adolescentes que nunca foram repreendidos por seus pais, mas tem celular de última geração, que nunca levaram umas palmadas mas que batem nos próprios pais e não respeitam ninguém!
Essa semana vi um garoto de uns 5 anos batendo no avô e sua mãe, completamente perdida sem saber o que fazer! fiquei me perguntando: "Esse é o futuro do país?"
Eu sou um sonhador ou um louco por achar que os valores estão invertidos?
Os direitos da criança e do adolescente, que foram criados com uma boa intenção de proteger, estão sendo deturpados e entrando em conflito com os direitos dos demais cidadãos que agora precisam se proteger deles, uma vez que eles fazem "tudo", como adultos. Mas não podem responder a quase nada, já que são crianças.
Será que sou um louco por sentir saudades de quando o mundo era mais bem organizado, quando criança respeitava os mais velhos, quando professor era autoridade em sala, quando criança se comportava como criança e não como um adulto em miniatura? ou é o mundo que está de cabeça pra baixo e eu tenho a razão?
Se for um  pesadelo, por favor me belisquem, EU QUERO ACORDAR!
Roberto Pereira

Fonte: Recanto das Letras