sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Artista Amoroso

A natureza expressa o amor do Criador em formas inigualáveis.
Nunca havia imaginado que entre milhões de espécies de animais, pudessem existir coisas tão espetaculares como pássaros pescadores, peixes com espírito paterno e professores dos mais altos níveis. Sendo assim, vemos que o Senhor Deus é único em criar e manter. A Bíblia declara: Só Tu és Senhor! Fizeste o céu, o céu do céus e todo o Seu exército; a Terra e tudo o que nela há; os mares e tudo o que neles há. Tu os conserva com vida a todos e o exército dos céus Te adora. Neemias 9:6
Estive assistindo a um canal de televisão, quando algo me chamou a atenção:  corvos subiam nos galhos das árvores e pegavam as nozes e saíam a voar. Em certa parte do vôo, eles paravam sobre o asfalto e soltavam as castanhas para que estas se quebrassem e assim, eles pudessem se servir das nozes.
-Quem ensinou isto a esses pássaros? Como poderia um pássaro pegar uma castanha e descascá-la usando uma técnica de arremesso muito usada e que aparentemente ele desconhecia? Quem ensinou isto ao corvo?
Na sequência do programa apareceu uma garça que estava preparada para pescar, mas, de uma maneira muito interessante: ela usava isca. Jogava a isca na água,  alguns peixinhos vinham apanhar a isca e assim, ela os capturava. Técnica bem interessante para um pássaro.
-Quem ensinou a garça a pescar? Como poderia ela, ser irracional, ter conhecimento de que usando uma isca, é bem mais fácil.
O que diríamos então, de um peixe que após a fecundação dos ovos da fêmea, o macho a expulsa do local, e ele mesmo cuida dos ovos até chegarem à idade suficiente  para sobreviverem sozinhos?!  É incrível que mesmo em meio aos animais existe algo que nos parece amor e sentimento paterno. Nunca se poderia imaginar estas reações surpreendentes na vida animal! Cada animal tem sua própria personalidade e ações diferentes. Outra coisa que é impressionante são algumas aves que ensinam seus filhotes a voar. Isso realmente é incrível!
-Quem colocou esta capacidade de ensinar nos animais? Quem deu ordem para que eles fizessem "dessa" ou "daquela" maneira? Quem criou o movimento das ondas do mar e colocou seus limites? Quem fez o Sol, a lua, as estrelas e os planetas?
Este mesmo Deus teve um cuidado especial com as plantas. Fico impressionado com a beleza dos Lírios e das orquídeas... e o girassol que se movimenta de acordo com a rotação do Sol.
- Será que foi mera evolução que veio constituir tal obra? - Não. Apenas um Deus criador do universo poderia fazer algo assim, incomparável e incompreensível ao coração humano.
O Senhor nos diz através do profeta Isaías: "Eu fiz a Terra e criei nela o homem". Is.45.12
Deus criou tudo o que existe na Terra. Ele é o supremo criador de todas as coisas. Nada surgiu sem que Ele quisesse ou permitisse. As obras de Suas mãos são perfeitas! Nenhuma outra força poderia comandar o universo, além do Altísssimo. Só mesmo um Deus muito poderoso poderia efetuar tal obra maravilhosa. O mal do ser humano é tentar buscar as explicações por si mesmo, enquanto poderia apenas crer e aceitar o que o Senhor fez por Ele.
A natureza é uma das formas pelas quais podemos ver a mão de Deus e conhecer mais do Seu amor! Basta olhar ao redor, observar e perceber que não são apenas as altas montanhas, ou o oceano infinito; não são apenas as grandes matas ou planícies extensamente verdes; mas, também, nas pequenas coisas que vemos,  o amor de Deus é visto pelas mais diversas espécies de vida existentes  na natureza. Podemos ter certeza do que a Bíblia declara em Hebreus 11.13 : "Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê".
Deus tem sido maravilhoso para conosco a cada segundo de nossa existência. Se tão somente pararmos por um momento para notar, observar as coisas ao nosso redor, veremos as palavras de amor proferidas por Deus a partir de sua imensa e maravilhosa criação!
Deus nos deu a natureza para que ela fosse um deleite, uma enorme demonstração de amor, e para que o ser humano nunca se esquecesse de que Deus é o criador de todas as coisas.

-Você deseja hoje conhecer mais sobre o amor desse Deus criador do universo?
-Você está olhando ao redor e vendo que o Senhor nos deu a natureza para que desfrutássemos dela e também cuidássemos dela?

Olhe para a natureza e pense hoje nesse Deus criador que nos deu um presente de muito valor.
Olhe para uma das maiores declarações de amor feitas para nós!
Olhe ao redor e sinta a mão criadora do Pai que fez muito para o nosso prazer.
Que hoje você veja as grandes obras do Criador e aceite o Seu presente e Sua expressão de amor para você!
Receba o amor de Deus. Medite no amor de Deus... e viva uma vida feliz contemplando as coisas que Deus criou para você!

Pastor  Neumoel Stina



quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Maravilhosa Natureza de Deus (Polinização)

Flores - A delicadeza na arte de Deus












A ARTE DE DEUS NA ANTÁRTIDA












Uma onda congelada no momento!
A água se congela no instante em que a onda abriu caminho no gelo. Esse congelamento é devido ao contato com o ar. A temperatura da água é alguns graus abaixo do ponto de congelamento, congelando a onda na colisão com o ar!
A natureza é assombrosa!!!



























SALMO 33:
1 Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois aos retos fica bem o louvor.
2 Louvai ao Senhor com harpa, cantai-lhe louvores com saltério de dez cordas.
3 Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.
4 Porque a palavra do Senhor é reta; e todas as suas obras são feitas com fidelidade.
5 Ele ama a retidão e a justiça; a terra está cheia da benignidade do Senhor.
6 Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca.
7 Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe em tesouros os abismos.
8 Tema ao Senhor a terra toda; temam-no todos os moradores do mundo.
9 Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.



Obs.: Cliquem nas fotos, para vê-las em tamanho maior.












terça-feira, 24 de abril de 2012

Arte divina

Nosso Deus é o Autor da arte. Quando criou aquilo que é necessário para manter a vida sobre a Terra, Ele cobriu tudo com uma camada de beleza. O grande Artista mostrou seu poder criador e talento artístico em exuberante variedade, para satisfazer todos os gostos e preferências de Seus filhos. Ele também é o Autor da luz (além de ser a própria luz - nosso Deus é inexplicável). Sem luz, nada poderia ser visto. Nas sombras, podemos perceber formas e silhuetas, mas não cores. Todavia, quando a luz brilha, revela-se toda a beleza das cores, formas, perspectivas, dimensões e tamanhos. De igual modo, precisamos da luz de Jesus brilhando sobre nós para que sejamos capazes de ver e apreciar a beleza de Deus e toda a beleza de Sua criação.
O arco-íris é um emblema da garantia que temos de que Deus cumpre Suas promessas. As brancas nuvens podem nos lembrar da presença dos santos anjos a nos proteger. As alegres flores nos revelam o sorriso de Deus, animando-nos porque Ele nos aceita. O voo suave dos passarinhos nos lembra a liberdade que encontramos em Jesus, e seus belos gorjeios trazem à mente nosso feliz louvor a Deus. As cores das penas das aves são uma festa para nossos olhos, e os frutos saborosos nos convidam a comer para a glória de Deus.
As árvores brotam do solo e crescem, abrindo os ramos na direção do céu; suas folhas são como mãos erguidas, adorando o Criador. O vento e a brisa gentil declaram a renovação do nosso coração pela doce presença do Espírito Santo. A quietude de um lago se assemelha à paz que temos em Jesus. Os animais mansos retratam aqueles que dependem de nós para sobreviver. Os animais selvagens, representam nosso inimigo espiritual, o leão ameaçador que deseja nos devorar. As imponentes montanhas simbolizam a Rocha eterna sobre a qual encontramos abrigo e nos sentimos seguros. Os vastos mares e oceanos são uma expressão da enorme multidão de santos salvos por Jesus.
Louvo a Deus porque Ele criou possibilidades infinitas para que apreciemos a natureza e a desfrutemos. Existe alguma coisa na criação de Deus que hoje lhe chamará a atenção, a fim de que você a admire e dê graças ao grande Artista. Procure-a!

Vasti S. Viana - É viúva do pastor José M. Viana. Tem dois filhos adultos, Ricardo e Joyce, e uma neta: Raissa. Vasti gosta de música, de caminhar, ler e escrever. Publicou um livro sobre a oração eficaz.

Fonte:  Meditação da Mulher - Declaração de Amor - CPB





segunda-feira, 23 de abril de 2012

Estações


"Você já observou uma árvore, lá pelo final do outono, quando suas folhas começam a ser arrancadas pelos fortes ventos?
Vão caindo todas, uma a uma, até‚ que só restam umas poucas teimosas! Então, no começo do inverno, devido ao frio intenso, umidades, vendavais, nevascas (em certos lugares), as folhas mais teimosas têm de se soltar. Ainda assim tem aquelas que não querem cair de jeito nenhum! Por mais que pareçam frias, cinzentas, secas, mortas!
Porém, o que a árvore não sabe, é que em seu interior já está a seiva nova para toda a nova florada da Primavera!
Ela pode soltar suas folhas velhas, cinzas, frias, secas, mortas! Esta seiva nova trará um renovo! É só mudança de estação!
Tem árvore que não quer mudar de estação! Tem medo! Dói, às vezes! Tem gente que também não quer...
Nossa vida também muda de estação: Primavera-Infância, Verão-Adolescência, Outono-Maturidade e Inverno-Velhice!
Não tenhamos resistência ou temor em mudar de estação. Quando vierem as Tempestades-Dificuldades, Vendavais-Problemas, Nevascas-Sofrimentos deixemos cair nossas folhas velhas-más atitudes, cinzas-maus hábitos, frias-murmurações, secas-vícios, mortas-rebeldia, etc, etc. O Senhor Jesus já inundou nosso interior de seiva nova para a nova florada! O novo homem!
Tenho pena de quem não quer mudar de estação...” (Joyce Meyer)

Com amor cristão

Josy








sábado, 21 de abril de 2012

Como uma onda no mar

Nossa vida está em constante movimento e mudança. Nada é sempre igual. Na vida, nos desenvolvemos, crescemos... envelhecemos a cada dia. E isso tem seu lado positivo e negativo.
O fato de crescermos e amadurecermos, tanto fisicamente, quanto interiormente, provoca-nos algum sofrimento.
Quando crianças, geralmente, não nos preocupamos com nada, a vida nos parece uma eterna brincadeira... mas, ainda assim, cada dia é dia de pequenas mudanças: largar as fraldas, a mamadeira, aprender a comer novos alimentos ( e muitos que não gostávamos antes), aprender a respeitar, a dividir, a ler e escrever... enfrentar a escola pela primeira vez...
Ao chegar a adolescência, vêm também as mudanças, algumas responsabilidades, inseguranças, incertezas, às vezes, alguns complexos, e até mesmo... as malditas acnes.
Depois, quando jovens, é o momento de decisões: namoros, vestibular, carreira, etc.
E assim a vida vai mudando sempre... casamento, filhos, amigos que se vão e outros que vêm...
"A vida corre em ondas como o mar", como disse o cantor. Por isso, é preciso viver com intensidade cada momento da vida, desfrutando o que ela tem de melhor, sem abrir mão de princípios e deixando que a cada dia Deus nos molde.
Enquanto aqui vivermos, será sempre mudança... sempre aprendizado. E isso é bom. Como seria tediosa uma vida sempre igual!
Há mudanças que ocorrem em nossas vidas, que são maravilhosas: a descoberta do amor, conhecer a maternidade e a paternidade... uma formatura... uma casa nova, que já esperávamos há muito tempo...
Mas, há também aquelas que não gostaríamos de experimentar jamais: um divórcio, uma viuvez, doenças... a perda de nossos pais. Ainda assim, com mudanças boas e ruins, a vida continua sendo bela, quando olhamos com os olhos da esperança, da fé e do amor... e acima de tudo com os olhos fixos em nosso Senhor... sempre.

A cosmovisão cristã e as artes

Todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Colossenses 1.16b NVI


                                                                                                               
*Sérgio Pereira
  
Quando se escreve sobre artes em um veículo de leitura protestante, sem citar artistas do meio protestante, corre-se o risco de ser criticado por vários irmãos de fé. Estes se esquecem que Deus é soberano. Não sobre uma ou duas coisas, mas sobre todas as coisas. Não é possível ser cristão nos eventos eclesiásticos e possuir outro modo de vida no dia-a-dia da família, trabalho, educação, entretenimento.
Deus reina sobre tudo e, consequentemente, sobre toda arte. Quando traço um comentário sobre arte não-cristã, minha visão deve partir da “lente bíblica”, a chamada “cosmovisão cristã”. Não devo desviar meu olhar, como cristão, de coisas que julgo não “serem de Deus”. Tudo é passível de julgamento a partir da cosmovisão cristã, seja para críticas sobre aquilo que entendemos ser errado, seja para elogios necessários às obras e artistas.
A partir dessa leitura cristã posso admirar, por exemplo, canções cujas letras não trazem termos “evangélicos”, mas que possuem em seu cerne valores do Reino de Deus.
A crítica sobre poluição no mar de A Mancha, canção de Lenine e Lula Queiroga (gravada no CD Labiata, 2008) tem em si valores do Reino, sem necessariamente falar a palavra “Deus” e sem seus autores se declararem “músicos evangélicos”:
A mancha vem comendo pela beira
O óleo já tomou a cabeceira do rio
E avança
A mancha que vazou do casco do navio
Colando as asas da ave praieira
A mancha vem vindo
Vem mais rápido que lancha
Afogando peixe, encalhando prancha
A mancha que mancha,
Que mancha de óleo e vergonha
Que mancha a jangada, que mancha a areia
Negra praia brasileira
Onde a morena gestante
Filha do pescador
Derrama lágrimas negras
Vigiando o horizonte
Esperando o seu amor



Falta engajamento e liberdade dos artistas cristãos em relação a essa visão de mundo ecológica e que escrevam, pintem, cantem, atuem e explorem, enfim, a temática declarando: Deus é soberano sobre a natureza e devemos cuidar dela! Não só ecologia, mas falta adentrar com a arte cristã na política, economia, problemas sociais, história, saúde, entre tantos e tantos assuntos. Com algumas exceções, por vezes as letras das canções feitas por cristãos são extremamente alienantes e distantes da realidade contextual brasileira, o que não é, segundo uma cosmovisão cristã, algo correto.
Sejamos cristãos em qualquer situação, tempo e espaço, como Cristo nos ensinou. Coerência é fundamental em nossos passos. Caminhemos.





*Sérgio Pereira é músico, historiador, educador, escritor e revisor pedagógico do Sistema Mackenzie de Ensino. Mestrando em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ele também faz parte do duo musical Baixo e Voz.


 Fonte: Ultimato

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Arte: esqueça para lembrar

Sérgio Pereira


“A sabedoria precisa de esquecimento. Esquecer é livrar-se dos jeitos de ser que sedimentaram em nós, e que nos levam a crer que as coisas têm de ser do jeito como são. Não. Não é preciso que as coisas continuem a ser do jeito como sempre foram.” (Rubem Alves)*
Quando era menino, um quadro na sala do meu médico sempre me chamava atenção. Conhecida como “Rosa e Azul”, o verdadeiro nome da tela é “As Meninas Cahen d'Anvers” (1881) (imagem ao lado).
O autor desta pintura é o francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), geralmente associado pelos historiadores de arte com a escola impressionista. O quadro foi uma encomenda feita pelo pai das meninas (Alice e Elisabeth), um rico banqueiro. No entanto, os pais guardaram depois o quadro em algum canto de sua mansão. A obra foi redescoberta décadas mais tarde e comprada por Assis Chateaubriand (o "Chatô").
Quando vi esse quadro (na verdade, um pôster desbotado, emoldurado e mal pendurado na parede) no consultório de meu pediatra, nada sabia sobre as técnicas empregadas pelo artista ou suas cores preferidas, o rosa e o azul (daí o “pseudônimo” do quadro, por serem elas tão evidentes). Minha sensação foi de estranheza, pois achava que as meninas “brilhavam muito”. Lembro-me também que o semblante das meninas me chamava atenção, em especial daquela que vestia rosa. Por que ela estava triste? Era o máximo que conseguia extrair da pintura naqueles momentos. Mas, de alguma forma aquela imagem prendeu meus olhos.
Há uma semana estive no Museu de Arte de São Paulo (MASP), e descobri que é lá que esta obra se encontra atualmente. Aos 37 anos reencontrei As Meninas de Renoir! Novamente a tela prendeu minha atenção. Fiquei olhando por vários minutos (podia ter sido horas), pois tentei absorver cada detalhe que, enquanto menino, não entendia, como por exemplo, a técnica de pontilhismo empregada: vendo de perto, milhares de pequenos pontos sem sentido algum; vendo de longe, a imagem das duas meninas, seus vestidos, a sala onde se encontravam, a cortina, o tapete...
Além disso, pude associar essa tela a outras que se encontravam no MASP, além de outros artistas que também se valeram das ideias impressionistas: Monet, Manet, Eliseu Visconti (tela abaixo).

Lembrei-me também dos músicos denominados como impressionistas e “ouvi” mentalmente alguns temas de um dos meus compositores favoritos, Claude Debussy (aqui, o 1º. Movimento de O Mar, regido pelo italiano Claudio Abbado) a partir do vislumbre destas lindas telas originais.

As questões que ficam: para apreciar uma pintura, é necessário ter informação antecipada sobre o artista, a obra, as técnicas, o contexto histórico? Não é possível apenas ver, sentir?
Sim, acho possível um apreciar intenso de leigos sobre uma pintura como essa. Acho também que o fato de não estarmos “contaminados” com tanta informação pode nos levar a interpretações tão ou mais interessantes do que aquelas descritas pelos críticos, historiadores e curadores. Quem sabe o “desaprender” que Rubem Alves reverencia não deva, de fato, ser por nós praticado para que novas experiências com a arte nos tomem de assalto? Acredito nisso.
Mas creio também que todas as informações que possuo hoje sobre Renoir ou o impressionismo me levam a lugares onde os leigos também não podem ir ao se depararem com suas obras. No entanto, são apenas estradas. Apesar do itinerário diferente ambas podem levar ao mesmo destino: edificação pessoal.

Nota
*ALVES, Rubem. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas: Papirus, 2005, p. 51.



*Sérgio Pereira é músico, historiador, educador, escritor e revisor pedagógico do Sistema Mackenzie de Ensino. Mestrando em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ele também faz parte do duo musical Baixo e Voz.

 Fonte: Ultimato



"Na próxima postagem... mais um texto de Sérgio Pereira... sobre arte  e a visão cristã."

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Dia do Índio"


19 de Abril - Hoje é comemorado o "Dia do Índio". Por isso vou postar uma música do Milton, que eu cantava na minha adolescência. A música é uma homenagem a eles, que eram tantos... os donos da terra, mas, que foram reduzidos a uma população tão pequena... e hoje suas tribos só são mencionadas em nomes de ruas e avenidas de grandes cidades, como São Paulo e Belo Horizonte.

RUAS DA CIDADE - Milton Nascimento

Guaicurus, Caetés, Goitacazes
Tupinambás, Aimorés...
Todos no chão.
Guajajaras, Tamoios, Tapuias
Todos Timbiras, Tupis...
Todos no chão.
A parede das ruas
Não devolveu
Os abismos que se rolou
Horizonte perdido
No meio da Selva...
Cresceu o arraial.

Passa bonde, passa boiada...
Passa trator, avião...
Ruas e Reis.
Guajajaras, Tamoios, Tapuias...
Tupinambás, Aimorés...
Todos no chão.
A cidade plantou no coração
Tantos nomes de quem morreu
Horizonte perdido ...
No meio da selva...
Cresceu o arraial.


Alegrias através do diário

"Rita, você falaria às mulheres sobre a prática de escrever um diário, quando nos reunirmos para o almoço de domingo?", perguntou Daisy.
Respondi que seria um prazer, e minha mente voltou à  primeira vez que ouvi falar em fazer um diário. A professora do meu filho na primeira série, Sra. Giem, contou-me sobre a bênção e a alegria que o diário se tornara para ela, e sugeriu que eu também fizesse isso. Mas, a impressão que tive era de que isso significava trabalho. Eu já andava ocupada e me senti sobrecarregada só de ouvir falar em diário.
Deus foi paciente comigo e esperou 13 anos antes de fazer a sugestão de novo, e de modo incomum. Enquanto eu visitava minha mãe, antes de me mudar para o Alasca, ela disse: "Rita, você precisa registrar sua vida no Alasca. Você vai experimentar coisas que não desejará esquecer - mas esquecerá, a menos que as registre." Pareceu uma boa ideia. Assim começou o primeiro diário. Então, num retiro de mulheres, ouvi Juanita Kretschmar contando as alegrias e bênçãos de fazer anotações e lembrar promessas como parte de nossa devoção diária. Eu estava começando a captar a ideia.
Algo mais aconteceu. Em outra visita à minha mãe, ela me mostrou um pedaço de papel que fora deixado na Bíblia de minha bisavó. Nesse papel ela havia escrito: "Fitchburg, Califórnia, 18 de novembro de 1910. Terminei de ler a Bíblia toda pela sexta vez e espero, queridos filhos, que vocês gostem de ler a Bíblia. Sem a leitura da Bíblia, vocês não sentirão que estão perto de Deus." As anotações continuaram até 1918, o ano de sua morte. Achei que essa era uma grande ideia. Assim, fiz minha primeira anotação: "30 de junho de 1996 - Anchorage, Alasca. Completei a leitura da bíblia toda pela primeira vez! Assim como minha bisavó registrava a conclusão de sua leitura da Bíblia todas as vezes, vou fazer isso também. Que bênção!"
Agora, 13 anos e mais de 20 diários depois, em junho de 2008, registrei minha décima terceira leitura da Bíblia toda. Esses diários contém promessas, eventos quase olvidados que trazem ânimo quando relidos, conversas com Deus durante tempos bons e maus, respostas miraculosas a orações e pedidos de oração ainda na lista de espera. Incentivo você a começar um diário, e se já tem, continue sua jornada de anotações!


Rita Kay Stevens - É uma mulher cristã, casada, tem dois filhos e um casal de netos. Rita gosta de viajar, passar tempo com a família, conhecer e hospedar pessoas. É ativa no Ministério da Mulher em sua igreja e gosta de planejar retiros.
Fonte: Meditação da Mulher - Declaração de Amor - CPB



Escreve isto para memória num livro. Êxodo 17.14












" E você, também tem o costume de anotar as bênçãos do Senhor?"


















quarta-feira, 18 de abril de 2012

Difícil demais para Deus?

Heather - Dawn Small*                                                                                                   
Ao longo dos anos, tenho desenvolvido o hábito de escrever diários espirituais. Um dos diários é para minhas orações e momentos devocionais com Deus. Depois, tenho meu Livro das Bênçãos. É nele que minha família e eu escrevemos e datamos nossos pedidos de oração, oramos por eles e depois anotamos e colocamos a data das respostas de Deus. E ainda tenho o meu Livro da Alegria. Prometi a mim mesma que, a cada noite, na hora de dormir, relacionarei pelo menos cinco coisas pelas quais posso ser grata a Deus. Você pode  perguntar porque passo tempo fazendo a crônica da minha jornada com Deus. Uma razão é algo que a autora Ellen White escreveu: "Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos deu no passado" (Testemunhos Seletos, p.443).
Tantas vezes, quando me sobrevêm provações, posso me esquecer de que sirvo a um Deus poderoso, o Deus a quem Abraão chamou El Shaddai, o Deus forte. E é em ocasiões em que as provas parecem além daquilo que posso suportar que preciso correr para o abrigo do Deus Todo-poderoso. Mais do que isso, porém, eu preciso demorar-me no Seu abrigo. Cada dia da minha vida preciso tomar tempo para passar com Ele, pois é nesse tempo de abrigo que encontro Deus e Sua força.
Há uma "coisinha"  que faço quando enfrento provas. Examino a provação sob todos os ângulos e me pergunto: "Consigo resolvê-la?" Na maioria das vezes a resposta é "não". É grande demais, complicada demais. Simplesmente não posso superá-la. Então, em vez de passar dias e semanas preocupada com meu problema, tentando com todas as forças resolvê-lo, digo a Deus: "Senhor, este problema me apareceu, mas não posso resolvê-lo. Entrego-o a Ti. É assim que entrego meus problemas para o Deus Todo-poderoso, o El Shaddai, o Deus capaz de fazer mais do que posso pedir ou pensar.
E é por isso que guardo meus diários. Quero me lembrar do modo como Deus tem conduzido minha vida. Não quero me esquecer jamais da Sua bondade e fidelidade para comigo... pois, quando me lembro, a minha coragem é forte e penso: Ele já fez isso antes. E o fará novamente!              

"Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará." Salmo 91:1  


*Heather - Dawn Small é diretora do "Ministério da Mulher da Igreja Adventista". É casada e tem um casal de filhos.




Fonte: Meditação da Mulher - Declaração de Amor - CPB












Entrevista - Crombie

Entrevista - Crombie - Quem ouve com o coração. Na vida abre janelas.




"Entoai-lhe novo cântico, tocai com arte e com alegria". Salmos 33.3


Por Whaner Endo
Voz, violão, baixo e percussão... Instrumentos que nas mãos de um grupo de amigos de Niterói têm gerado poesia e música, com cheiro de Brasil. Finalistas do Festival de Bandas do Jornal do Brasil, o Crombie está, desde 2006 fazendo diferença dentro e fora dos muros da Igreja. Diferença essa que deve ser "percebida nas nossas atitudes, nas nossas reações, no nosso olhar, na forma como nos aproximamos, no que falamos, no que cantamos", como afirmou Paulo Nazareth.
Conheça um pouco mais da amizade entre Felipe, Filipe, Gabriel, Leonardo, Lucas e Paulo, nessa entrevista exclusiva para o Portal Cristianismo Criativo.

1. Conte-me um pouco sobre a história do Crombie. Quando e como ele surgiu? O que significa a palavra Crombie? Qual a formação original?
Paulo Nazareth - O Crombie surgiu em 2006. Nós somos amigos há bastante tempo (todos membros da Igreja Presbiteriana Betânia, em Niterói) e amamos música. Resolvemos por acaso mostrar, entre nós, canções que tínhamos composto. Percebemos, então, que pensávamos parecido e tínhamos gostos semelhantes, além da fé em comum, presente em tudo o que fazemos. Com isso, começamos a tocar juntos pra experimentar nossas idéias.
Quanto ao nome, nós nunca escolhemos "oficialmente" esse nome pra banda. O nome "Crombie" surgiu de uma brincadeira nossa com um amigo e parceiro de caminhada, o Heber Ribeiro, sem o qual não teríamos gravado o nosso 1º CD (porenquanto).
Hoje, quando pensamos em referências que a palavra "Crombie" possa trazer, lembramos logo do testemunho que queremos dar e temos a pretensão de mostrar uma forma mais esperançosa de enxergar a vida, através de nossas "criações". Gostamos de poesia e buscamos um olhar sensível pras questões mais comuns do dia a dia. Vemos isso presente naquilo que compomos.
A nossa formação é a mesma desde o começo: Felipe Vellozo (baixo e vocais), Filipe Costa (violão e guitarra), Gabriel Luz (violão, guitarra e vocais), Leonardo Soares e Lucas Magno (percussões) e Paulo Nazareth (vocal e violão).
2. Qual a formação musical de cada um? Além de música, o que cada um faz?
Paulo Nazareth - Nenhum de nós dedica-se exclusivamente à música. Pelo menos por enquanto. Alguns dão aula de música, mas todos estudam ou são formados e trabalham em áreas diferentes.
3. De todos os instrumentos, a viola caipira é a mais inusitada, ainda mais pra um grupo formado por jovens. Felipe, o que o levou a aprender a tocar viola?
Felipe Vellozo - A viola apareceu de forma inesperada. O Gabriel ganhou uma do tio dele e não sabia tocar, então ela ficou encostada... e às vezes ficava emprestada com alguns amigos. Percebi que estávamos deixando de lado um instrumento que tem um timbre absolutamente lindo e se encaixaria muito bem em nossa proposta sonora. Levei a viola pra casa, peguei uns discos do Renato Teixeira pra ouvir e com duas semanas já estava começando a compor "Sem Vaidade" na viola, fato que eu considerei ser muito bacana...hehe.
4. Qual a influência musical que cada um teve?
Paulo Nazareth – No caso da maioria, a música está presente desde a infância, justamente pelo fato de termos crescido na igreja, ouvindo e assistindo música. Eu, por exemplo, sou filho de cantor e compositor, Josué Rodrigues, sem dúvida alguma minha primeira influência musical. Foi ele quem me apresentou a música que curto até hoje.
Além das influências pessoais, temos todos influência mais forte da MPB. Ouvimos Lenine, Gilberto Gil, Chico Buarque, Los Hermamos, Arthur Maia, e por aí vai. Somos fãs da forma como esses caras se expressam musicalmente. Vendo por aí, não poderíamos deixar de citar também nomes como Gerson Borges, João Alexandre, Josué Rodrigues, Jorge Camargo e Sérgio Pimenta, dentre outros.
5. Dá pra perceber uma grande influência tanto esteticamente quando em relação à poesia que o Los Hermanos tem sobre o grupo. Isso é verdade?
Paulo Nazareth - É verdade. Nós gostamos de ouvi-los. No Crombie, somos quatro compondo. Um de nós especificamente, o Gabriel Luz (violão, guitarra e vocais), traz mais forte essa influência da boa mistura entre Rock e MPB.
6. A natureza/ecologia é um tema recorrente na música de vocês. Por quê?
Paulo Nazareth - Não sabemos por quê. Acontece naturalmente de aparecer naquilo que compomos. Talvez seja um tema pouco falado, de forma geral. Fica aí a sugestão. Poderíamos todos falar mais sobre a Criação.
Léo - Provavelmente, porque vivemos em um lugar privilegiado, com mar, montanhas, florestas facilmente acessíveis e por gostarmos de desfrutar destes lugares com amigos e música.
7. Qual a diferença entre tocar na igreja e fora dela?
Paulo Nazareth - Nós queremos ser úteis pro nosso Deus e às vezes parece que quando tocamos fora da igreja podemos fazer maior diferença na vida de quem nos ouve.
Mas dentro ou fora da igreja, pensamos nas pessoas e no que Deus pode fazer por elas. Desejamos que Deus nos use, como Ele quiser, pra tocá-las e que o nome d´Ele seja glorificado.
Léo - Na igreja estou em casa... fora, me preocupo mais, fico mais tenso.
8. O Cristianismo, como não poderia deixar de ser, tem grande influência na criação do grupo. O que seria diferente se vocês não tivessem esse background cristão?
Paulo Nazareth - Seria tudo diferente. Não dá nem pra imaginar. Não existiria a banda.
9. Paulo, por que você afirmou que o Crombie não pode ser incluído no espectro da música gospel? Como você vê o que tem sido criado em nome da música gospel?
Paulo Nazareth - Hoje o título "gospel" não nos traz, de primeira, uma impressão muito boa. E acreditamos que o que temos feito destoa, no que diz respeito à forma e ao conteúdo de quase tudo o que é classificado hoje como música gospel. Nos preocupamos com muito do que temos ouvido.
10. Um cristão que é músico pode ou deve fazer diferença fora da igreja?
Paulo Nazareth - Achamos que isso não é privilégio dos músicos. Um cristão deve sempre fazer diferença onde ele estiver. Seja qual for a ocupação dele. Essa diferença é percebida nas nossas atitudes, nas nossas reações, no nosso olhar, na forma como nos aproximamos, no que falamos, no que cantamos, etc.
11. Como cada um se vê daqui a uns 10/15 anos?
Paulo Nazareth - Acho difícil fazer essa projeção. As coisas estão mudando rápido demais. Mas acho que nunca deixaremos de estar, de alguma forma, envolvidos com música. No meu caso é uma das coisas que mais me realiza na vida.
12. Se quase tudo é temporal, o que não é mais que um momento?
Paulo Nazareth - Nem tudo é temporal. Existem coisas que não estão sob a ditadura implacável do tempo. A Palavra de Deus e a nossa fé n´Ele são exemplos de coisas que mostram a eternidade, dando o ar da graça e já sendo vivenciada nos dias aqui.
13. Como cada um tem vivenciado a sua fé num mundo de tanta correria e desigualdade?
Léo - Debaixo da graça e da misericórdia Deus.
Lucas - Acredito que essas dificuldades sempre ocorreram, mas de forma diferente ou sem tanta explanação como é feito hoje, quando se dá ênfase às coisas ruins do mundo se esquecendo por completo do amor de Deus que é visto de forma gritante, só que ignorada, em pessoas por todo o canto. Mas acredito também no óbvio, que sem a misericórdia de Deus não vamos a lugar algum, e por isso a nossa dependência e humildade como filhos diante Dele tem que ser constante. Jesus nunca disse que seriam tempos fáceis ou tranqüilos e por isso temos que estar constantemente preparados, de forma ativa e buscando sempre o controle de Deus sobre nossas vidas.
Filipe Costa - Deus tem se mostrado muito cuidadoso comigo e com minha família. E isso renova a minha fé.
14. Será que se vocês não fossem de Niterói, alguma coisa na sonoridade do Crombie seria diferente?
Paulo Nazareth - Niterói é um celeiro de bons músicos e a gente acaba tendo contato mais próximo com alguns deles. Talvez isso faça diferença. Somos bem inexperientes com relação a estar na estrada tocando, mas temos boas referências por perto.
Léo - Na sonoridade, talvez não, mas nas temáticas é provável que sim. Como pensar na música do Gabão (Mar) sem ter em mente a praia de Itacoatiara e sua vista?
Filipe Costa - Acho que seria tudo diferente... concordo com o que Paulo disse... e acho também que cada região tem um cenário musical diferenciado e esse cenário é uma grande influência para nossa sonoridade.
15. Como tem sido a aceitação do "porenquanto"?
Paulo Nazareth - Tem sido legal. Não esperávamos o retorno que temos tido. A maioria das pessoas que ouve nos dáo resposta muito positiva, nos agradece e nos incentiva. Às vezes nos deparamos com críticas construtivas e gostamos muito disso também.
16. Quais os próximos projetos?
Paulo Nazareth - Temos tido a oportunidade de tocar em lugares legais, principalmente no Rio. Isso é mais do que imaginamos inicialmente e nos deixa muito felizes. Por enquanto, estamos por conta do nosso CD, que saiu no começo de 2008 e já pensamos na possibilidade do próximo, ano que vem.
17. O que é Cristianismo Criativo pra vocês?
Lucas - É viver Jesus Cristo de forma simples, assim como é o próprio evangelho; é poder contar sobre Jesus de diferentes formas, sem agressões ou até jargões evangélicos, sendo total dependente da misericórdia, graça e sabedoria d´Ele.
Filipe Costa - Acho que Cristianismo Criativo é também se importar com a forma que usamos pra levar a palavra... produzir algo de qualidade que tenha também um valor artístico, que transmita o que temos pra falar de uma forma agradável.

Fonte: Do site "Cristianismo Criativo"
(Essa entrevista é de 2008. O grupo agora já tem 2 CDs lançados: "Por Enquanto" e "Casa Amarela")





Entrevista - Jaime Kemp


pastor Jaime Kemp, fundador do ministério Vencedores por Cristo e do ministério Lar Cristão afirmou no Salão Internacional Gospel, que artistas cristãos estão mais preocupados com a glória pessoal que com a glória de Deus.

No evento que expõe artistas e produtos da música gospel, Kemp disse ao The Christian Post que:

 "no panorama atual da música gospel, muitos dos 'artistas' do segmento, querem viajar em aviões e ficar em hotéis de luxo.
Não há sacrifício. Minha preocupação é na questão de sermos servos”, diz, e conclui: “acho que hoje muitos desses artistas pensam que a igreja que os chama são seus servos e não se colocam na posição de servir".
Outro problema que o preocupa é a chamada comercialização do evangelho, comentando sobre os artistas evangélicos que cobram cachês para tocar e priorizam os ganhos financeiros.
Falando especificamente das composições atuais, ele comenta que as letras são muito pobres, não há mensagens sobre itens fundamentais como fidelidade à palavra, arrependimento, entrega total ao senhorio do Cristo.
“Não há esses elementos presentes na moderna música evangélica brasileira”. E se defende, “não faço parte deste movimento pop, cuja tônica é a desorganização e ausência de vida e testemunho cristãos”.
“Realmente não sei se esses jovens que estão hoje nos palcos tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador ou se sabem comunicar o evangelho”, enfatiza Kemp.

Vencedores por Cristo
O famoso e ainda hoje muito lembrado conjunto de música evangélica Vencedores por Cristo é considerado um dos precursores da música cristã brasileira.
Segundo o líder cristão, na época da criação do grupo Vencedores por Cristo a música não era o ponto central.
“O ponto central era o discipulado, treinamento e ensino dos jovens. Eles eram ensinados como viver juntos, como dar testemunho, porque parte do ministério era o evangelismo.”
Os critérios para estar no grupo eram, segundo o líder, ser convertido a Cristo, ter um coração de servo e ter o desejo de trabalhar debaixo da estrutura e organização do grupo, além de ser recomendado pelo pastor de sua igreja.
“A idéia era a preparação da juventude para trabalhar na igreja (...) as músicas eram usadas como meio de comunicar e também dar testemunho levando a Palavra de Deus a lugares, os mais diferentes, como igrejas, praças, prisões”.
Por meio do ministério Vencedores por Cristo foi possibilitada a formação de mais de 200 líderes, missionários, pastores e músicos.
Kemp explica que o grupo criado na década de 1970 nunca teve o desejo ou intenção de influenciar a música brasileira.
“Deus direcionou, pois tivemos muitos compositores que foram treinados conosco. A música desenvolvida por eles acabou por transformar a música e o louvor brasileiros”.
Do ministério surgiram proeminentes músicos, hoje muito conhecidos no meio evangélico, como Guilheme Kerr, Nelson Bomilcar, JoãoAlexandre e outros que foram formados nessa época.
O líder disse ainda que teme que os hinos tradicionais da fé cristã se percam, já que eles não são tão populares entre os jovens e nas igrejas atualmente. 

Jaime Kemp e a esposa Judith Kemp, são casados há 47 anos e lideram o ministério voltado à area familiar e são autores de pelos menos 60 títulos literários. O Vencedores por Cristo ainda existe atualmente e seu foco principal é o evangelismo.


Fonte:Christian Post