terça-feira, 26 de agosto de 2014

Instrumentos de Deus

Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Mateus 5.4, NVI

Por Hannelore Gomez
Gosto de viajar, e, como geralmente viajo sozinha, isso me dá a oportunidade de conhecer pessoas muito interessantes. Mas, numa viagem específica, decidi que não me envolveria em conversas com nenhum outro passageiro. Queria simplesmente relaxar e dormir.
Depois de passar por longas filas nos balcões do check-in e da rotina nos procedimentos de segurança, finalmente entrei no avião e me acomodei, relaxando exatamente como planejara. Ao meu lado, sentou-se uma senhora de meia-idade. Ela parecia um pouco aflita e estava vestida de preto. Discretamente, olhei para ela e achei que não seria difícil seguir meu plano de descansar e não falar com ninguém no avião.
Depois de quatro horas de voo, o avião estava pronto para pousar. Fiquei contente porque o voo acabara e eu veria minha família em breve. Enquanto o avião taxiava na pista, olhei para minha companheira de assento outra vez e decidi perguntar-lhe porque estava fazendo aquela viagem.
Com a voz trêmula e muita tristeza no rosto, ela me contou que sua irmã e a família de seis pessoas haviam sofrido um acidente no dia anterior, e todos morreram. Ela estava indo para o funeral. Eu me senti pavorosamente culpada! Quão egoísta fui! Quantas palavras confortadoras poderia eu ter dito a ela em quatro horas? Como pude perder a oportunidade de falar-lhe sobre nosso amoroso Deus e seu amor pelos sofredores? Tentei dizer algumas palavras confortadoras, mas não fui bem-sucedida. Imediatamente elevei uma prece a Deus, pedindo ajuda para aquela pessoa desesperada que estava sofrendo. Também orei pedindo perdão - eu havia falhado.
Somos os instrumentos de Deus para alcançar e ajudar os outros de toda maneira possível. Ele coloca as pessoas em nosso caminho com um propósito. Permitamos que o Senhor faça a Sua obra por nosso intermédio.

"Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência." Colossenses 3.12

Querido Deus, quero ser Teu instrumento. Por favor, usa-me para ser uma bênção aos outros - e ajuda-me a estar pronta e disposta.

Hannelore Gomez, natural do Panamá, leciona espanhol no ensino médio, em Virgínia. Seus passatempos são ler e viajar.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Envelhecendo graciosamente

O próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir. Marcos 10.45

Entrego refeições a pessoas idosas ou deficientes. As refeições são preparadas por voluntários. Muitas vezes fico admirado com o altruísmo e a determinação dessas pessoas. Muitas delas revelam os movimentos lentos e doloridos resultantes da idade e de ferimentos. Alguns dos voluntários provavelmente se qualificariam para receber essas refeições entregues em domicílio. Ninguém as criticaria se preferissem o conforto de suas próprias salas de estar às exigências do trabalho não remunerado. Mas elas optam "não por ser servidas, mas por servir", e, ao fazer isso refletem a presença e o amor de Jesus Cristo.
Lembro-me de que envelhecer não significa que devemos abandonar nossos propósitos na vida. Com a graça de Deus, podemos continuar a servir-nos uns aos outros. Fazemos isso por meio da ação e da oração e declarando o poder e o amor de Deus por todas as gerações. Podemos viver com alegria e esperança, servindo aos outros, e na plena confiança de que Jesus preparou um lar perfeito e eterno para nós.

Oração: "Senhor, graças pelo dom da vida, tanto a temporal como a eterna. Ajuda-nos a servir-Te pelo serviço aos outros."

Pensamento para o dia: "O chamado de Cristo a servir é irresistível."

Oremos pelas pessoas que estão enfrentando os desafios do envelhecimento.

Leia e medite em: Mateus 6.9-13; Salmo 71.13-19 e 1 Coríntios 15


Por: Robert Boertien (Oregon, EUA)



Acolher

Por: Luciano Manga

Vivemos em um sistema de injustiças e iniqüidades onde a cada dia que passa, as pessoas se tornam mais egoístas, individualistas, isoladas e presas a um consumo doentio. Não amo esse mundo, mas o mundo que amo é a criação.

Como podemos virar a mesa e viver diferente?
Nos tornando seres humanos acolhedores.  Fazendo com que as pessoas se sintam melhores, dando atenção aos que não recebem atenção, ir ao encontro do outro, valorizando a sensibilidade e a percepção.

Trate o outro com respeito e cortesia, tente diminuir o tom da sua voz, fale e oriente sempre em voz baixa, escute com afeto, valorize a experiência do outro e se abra para ajudá-lo(a) na sua busca. Não julgue, não condene, não imponha. Acolha.

Tenha sempre uma conduta exterior responsiva para com as necessidades do outro. Acolha com amor e dedicação. Não se esqueça que pequenos gestos falam mais que pregações e discursos inflamados.

“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a gloria do Pai”- Romanos 15:7





Amor sem limites

Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Mesmo que isso aconteça, Eu porém jamais me esquecerei de você!  (Isaías 49.15)

Por: Patrícia C de Almeida Santos

Há algum tempo atrás meu esposo e eu morávamos numa casa com um lindo e espaçoso quintal, um belo gramado e uma frondosa árvore de manga na frente da propriedade. No quintal, uma coruja buraqueira fez seu ninho. Ela recebeu esse nome porque cava um buraco no chão e ali deposita os ovos.
Da janela da cozinha, eu podia observar diariamente a coruja. Ela permanecia imóvel, não saindo nunca da entrada da toca, guardando sempre seu precioso legado. Todos os dias era a mesma coisa. Quando meu filho, cautelosamente, tentou aproximar-se para ver os ovos, a mamãe coruja estava preparada para atacar, abrindo as asas e agindo ameaçadoramente. Às vezes, ela voava para demonstrar o que aconteceria se ele chegasse mais perto.
Uma vez, vi algo que me impressionou quanto ao cuidado da corujinha para com sua ninhada. Era o fim da tarde.Chovera bastante e havia ventos fortes. Essa mãe zelosa, um pouquinho ao lado, abrigada sob o ramo de um arbusto, permaneceu fiel e observadora, sempre olhando para a toca. Imediatamente me lembrei do cuidado de Deus por nós, Seus filhos.
Com amor, Ele vigia por nós constantemente, e está sempre pronto a nos defender quando o inimigo tenta atacar. Nas tormentas e adversidades da vida, Ele continua conosco - firme, atento, embora não possamos vê-lo. Nessas horas, podemos achar que Ele nos abandonou, mas, na verdade, assim como aquela mãe cuidadosa, Ele fica sempre muito próximo, prestando atenção em cada passo que damos, sempre pronto a auxiliar.
Olhando para aquela corujinha e pensando em sua devoção para com os filhotes, pensei no meu filho que dormia naquele momento e no quanto eu o amo. Não me esqueço dele nem por um minuto. As palavras de Isaías 49.15, acerca do cuidado e amor de Deus me confortam o coração: "Embora ela (a mãe, eu, a corujinha, ou seja quem for) possa esquecê-lo, Eu não me esquecerei de você!"  É muito bom sermos filhos amados do Senhor!



terça-feira, 19 de agosto de 2014

As Rosas

"Eu sou a rosa de Saron, o lírio dos vales". Cantares 2.1

Tamara Brown
Recentemente, meu esposo e eu comemoramos nosso vigésimo aniversário de casamento. Esses anos não foram um mar de rosas. Por outro lado, talvez tenha sido assim porque as rosas vêm com beleza e com espinhos. A experiência tem sido bela e também dolorosa. Já enfrentamos muitas provas juntos, mas posso dizer, verdadeiramente, que os bons tempos excedem os maus.
Temos vencido obstáculos e adversidades. Temos sido desafiados e levados para além da nossa zona de conforto. Já nos metemos em problemas por causa de más escolhas, mas ainda estamos em pé, pela graça de Deus. Temos lidado com doenças, infidelidade, dívidas, vícios e maldições hereditárias; esses são os espinhos da vida.
Ao longo dos anos, temos ficado mais próximos, mais velhos, mais fortes e mais sábios. Podemos amar e perdoar mais prontamente, porque temos sido amados e perdoados por Deus. Antes, eu sabia algo a respeito de Deus, mas não o conhecia intimamente. Ouvia dizer que Ele era um Deus misericordioso, mas agora sei por experiência, que Ele se deleita na misericórdia. Ele me concedeu misericórdia e graça, apesar de meus defeitos de caráter. Um de meus textos favoritos é 1 João 1.9, porque é uma promessa que oferece esperança: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." Quando estamos sendo purificados ou podados, não nos sentimos à vontade, mas Deus conhece as coisas que jazem dormentes lá dentro e que necessitam de poda ou remoção. Ele sabe quando nós, como a rosa, precisamos ser podados, e sabe exatamente como fazê-lo.
Se você e seu esposo estiverem passando pelo processo de poda, sejam pacientes e orem. Que  dizer do processo de crescimento? Você e seu esposo estão crescendo próximos um do outro, ou afastados? Que dizer do processo de cura? Podem amar, ainda que a vibração não exista mais? Podem cancelar a dívida e perdoar, mesmo quando foram magoados? Se vocês estão lutando em seu casamento, não desistam, e não se esqueçam de parar e cheirar as rosas.
Esses princípios aplicam-se a qualquer relacionamento, com outros membros da família também.

"Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros, Perdoem como o Senhor lhes perdoou." (Colossenses 3.12,13).

Vivam, cresçam e floresçam em Jesus.

Tamara Brown é natural de Ohio, mas mora no Tennessee, EUA.  Ela e Robert estão casados há 21 anos e têm um filho.