quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Beijada por uma borboleta

"Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle se refugia." 
Salmo 34.8




*June Y. Powers
Eu estava sentada, escrevendo cartões de aniversário para os meus dois filhos. Fazendo uma pausa por um momento, pensando em palavras de ânimo, olhei pela porta aberta. Nesse instante uma borboleta branca, com as asas contornadas de preto, pousou sobre as margaridas que desabrochavam em abundância do lado de fora da porta.
Senti-me atraída à cena e saí para observá-la. Nesse momento, uma brisa soprou e suspendeu a borboleta, erguendo-a cada vez mais alto, como se a convidasse para dançar. E dançaram mesmo, com muita graça e beleza. Foi pura alegria contemplar aquilo. A dança terminou quando a brisa se despediu.
A borboleta fez uma pausa momentânea e depois voou em minha direção, pousando sobre meu lábio superior. Levantou voo e me rodeou uma vez, antes de pousar novamente sobre as margaridas. Fiquei tão encantada que não me movi. Eu estava parada ali, num momento, consciente de duas coisas apenas: a presença do Senhor e o fato de ter sido beijada por uma borboleta!
Maravilha das maravilhas! Na noite anterior eu havia passado horas com o Senhor, arrazoando com Ele acerca de muitas coisas, passadas e presentes, que me pesavam sobre o coração. Eu me via como um vaso quebrado, com fragmentos espalhados pelo campo de batalha, quase além da possibilidade de concerto. Sabia que meu relacionamento com Deus era terrivelmente unilateral: tudo da parte dEle, bem pouco da minha. Confiança, amor e submissão eram questões pendentes.

"Precioso Senhor, hoje sou abençoada com Tua presença através da natureza . Tu me enviaste uma borboleta! Uma borboleta! Que delicadeza! Seus estágios metamórficos se assemelham ao crescimento espiritual. Com Teus inesgotáveis e criativos recursos, permitiste que eu soubesse que me ouvias e escutavas ontem à noite. Tive a impressão de que preciso deixar que meu coração voe alto como a águia; permitir que minha mente dance com a brisa, assim como a borboleta. Relaxar. Saltar. Tu me segurarás.
Muito obrigada, Pai, pelas margaridas, pela brisa, pelo beijo da borboleta. Obrigada por me amares dessa maneira. Com amor, Tua filha, June."


*June Y. Powers  é casada, mãe de seis filhos e avó de 14 netos. Mora no Canadá. Ama  escrever e estar em contato com a natureza. Também gosta de canoagem e encontros com amigas.




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