Deus deu aos homens virtudes como: inteligência, talento para arte, literatura, música, invenções, etc. Pois bem, não só os que conhecem a Deus possuem virtudes, (que também podemos traduzir como: dons, aptidões, habilidades); mas, também os que nem mesmo creêm em Deus, possuem tais virtudes. E toda virtude ou dom, procede de Deus (Tiago 1:17). Isso se chama "graça comum". A graça comum é a fonte de toda cultura, dons e talentos que os homens possuem.
A Bíblia nos diz em Mateus 5:45 que o sol nasce sobre o justo e o injusto, e a chuva cai sobre bom e o mau. Isso porque Deus concede aos homens graça comum. Através da graça comum, Deus dá aos homens inúmeras bênçãos, mas, que não são parte da salvação. A palavra comum aqui, significa algo que é dado a todos os homens, e não somente aos que creêm em Deus. Por exemplo: a saúde, dons, prosperidade e inteligência em geral.
Graças a Deus por Ele dar sabedoria e dons aos homens. É por isso que podemos, por exemplo, nos beneficiar dos efeitos de vacinas contra a pólio, sarampo... e tantas outras doenças. Muitos desses homens; os cientistas que criaram tais vacinas, não eram cristãos.
Fazemos cirurgias ou tratamentos com excelentes médicos; apreciamos arquiteturas... prédios que são verdadeiras obras de arte; desfrutamos de "pratos" criados por "Chefs" que são verdadeiros artistas na cozinha, etc.
Agora vamos refletir:
__ Será que todas essas pessoas são cristãs?
__ Será que só consumimos, apreciamos, desfrutamos e tocamos em coisas feitas por cristãos e para cristãos?
Concordo plenamente com o pastor e escritor Renato Vargens quando ele diz em seu Blog: "Não há sabedoria e beleza que não venham de Deus. Foi Ele quem idealizou a música, a arte, a poesia, a festa e a cultura".
O que acontece é que muitas vezes o homem não usa a sabedoria dada por Deus, ou o que é pior, usa para fazer o que é mau. Infelizmente, isso acontece em todas as áreas. Há muitas coisas más no mundo, e inclusive músicas que não servem para nada. Além de qualidade discutível, pra não dizer ruím, muitas são medíocres, muitas "emburrecem" as pessoas, e outras incentivam a imoralidade e a violência.
Mas também há música boa. E outra vez concordo com Renato Vargens quando diz (em seu Blog, em diversos textos sobre música), que "tanto a poesia, como as formas variadas da arte, são expressões vivas da multiforme sabedoria de Deus" e : " é impossível negar a ação de Deus entre os homens ao ouvir clássicos da música como 'One' do U2, ou 'Miss Sarajevo', onde Luciano Pavarotti leva qualquer um às lágrimas com sua participação especial". Renato Vargens ainda afirma: "(...) a música, a arte e a poesia são presentes de Deus à humanidade."
Outro ponto a ser pensado é que os cristãos não conversam apenas sobre coisas espirituais (sobre louvor, adoração e assuntos bíblicos). A saúde, a educação, a política, a natureza, a família, o amor de um homem e uma mulher, a amizade, são coisas que fazem parte da vida, e os cristãos ouvem e falam sobre esses assuntos. Então por que uma música que fala sobre essas coisas não pode ser ouvida ou cantada? Por que muitos ainda insistem em que só se pode ouvir e cantar músicas que louvam a Deus?
Quando você canta o Hino Nacional ou o Hino à Bandeira, é música que louva a Deus? Muitos cristãos cantam o famoso "Parabéns pra você"; mas, essa música é para o louvor a Deus?
Sinceramente, quando ouço uma música como a do Mílton Nascimento, que fala de amizade, não consigo ver pecado nisso.
"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito".
Vejam ainda este trecho da música de Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, que se intitula: "Juízo Final" :
“O sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente
É o Juízo Final, a história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer”
Quero citar mais uma vez Renato Vargens, que num trecho de uma postagem de seu blog, diz: "Não consigo ver determinadas manifestações musicais ou culturais como satânicas ou malígnas, antes, pelo contrário, a multiforme manifestação cultural no ser humano, aponta diretamente para um Deus generoso que é absolutamente apaixonado pela arte, música e cultura".
Agora...para aqueles que ouvem músicas "seculares", acho que há que se ter bom senso, ou podemos dizer senso crítico. Como falei anteriormente, acho que nem todo tipo de música é apropriada. Devemos ser cristãos equilibrados.
Respeito a decisão de cristãos que ouvem somente músicas consideradas cristãs. Cada um deve ter suas opiniões e certezas respeitadas. A bíblia nos diz que não devemos desprezar ou condenar os irmãos.
"Portanto, por que é que você condena seu irmão? E você, por que despreza seu irmão? Pois todos nós estaremos diante de Deus, para sermos julgados por Ele.(...) Assim, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Por isso, paremos de criticar uns aos outros." Rom. 14:10-13.
A bíblia também nos diz que feliz é aquele que não é condenado pela consciência quando faz o que acha que deve fazer. Porém aquele que tem dúvidas, peca, se o que faz não provém de fé; pois tudo o que não provém de fé é pecado.
Bem, para aqueles que têm dúvidas, deixo esse trecho da postagem:"Pensando a música secular (Parte II)", de Antognoni Misael em seu Blog "Arte de Chocar":
"Assim como jogar futebol e assistir um filme, ouvir uma música secular não é pecado, contanto que sua mensagem não fira as verdades de Deus e que se adéqüe ao que Paulo falou aos Filipenses 4.8: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, isso ocupe o vosso coração”. Existem bastantes músicas educativas, politizadas, encorajadoras e de reflexão para nossa vida comum, elas com certeza trazem no seu bojo os fundamentos cristãos. Há uma bela canção de Guilherme Arantes que diz: “eu desejo amar a todos que eu cruzar pelo meu caminho. Como sou feliz, eu quero ver feliz quem andar comigo”, e por aí vai. Muitas vezes ignoramos verdades ditas por não cristãos apenas por não se dizerem cristãos, enquanto muitas vezes ouvimos heresias nos conteúdos das músicas denominadas "gospel". Paulo disse: tudo é lícito, mas nem tudo me convém, e essa sutil escolha entre valer a pena ou não, deve ser feita à luz da palavra – se te edifica, vai em frente, se não, então recue.
O conceito de secular é tão pouco explorado que se formos entender como aquilo que não traz em sua roupagem algo de religioso, constataremos que na própria Bíblia existe muito de “secular”, como por exemplo, o poema "secular" que Davi escreveu em homenagem a Saul e Jônatas em 2 Samuel 1.19-27, e alguns provérbios que apenas tratam de educação, moral, respeito, sem aparentemente fazer alguma menção direta a Deus. Muito embora em seu crivo permeiam os valores que são participantes da conduta correta da verdadeira forma de ser cristão.
As doutrinas da criação, queda e redenção precisam estar muito bem definidas na vida do cristão, e se mal interpretadas, com certeza toda percepção de arte será deturpada. E é isso que precisamos fomentar em nossas igrejas: pessoas preparadas para lidar com a arte da música, e revertê-la para contextualização do evangelho e alcance de pessoas.
A música é um veículo de linguagem, que pode ter inúmeras funções. A pessoa que tem o talento para música, seja ele músico, intérprete ou compositor, com certeza recebeu esse presente de Deus (Tiago 1.17), tendo esta pessoa conhecido a Deus ou não. (...) A criatividade é fonte que sai de Deus, e mesmo embora estando ela desfigurada pela herança adâmica não nos outorga abominar a sabedoria, criação e habilidade daquele que está longe de Deus. Ninguém pergunta se o dentista é crente antes de ser atendido, ou se o cozinheiro do restaurante é evangélico, ou se o arquiteto que construiu a casa onde se reside é um homem de Deus. E assim muitas vezes consumimos produtos de ateus ou idólatras, o que não quer dizer que suas aptidões foram dadas pelo diabo.
Deixo também um trecho de um texto sobre a graça comum:
Graça Comum
B. Exemplos de graça comum
Se olhamos para o mundo ao nosso redor, podemos ver imediatamente a abundante evidência da graça comum de Deus em milhares de exemplos na vida diária. Podemos distinguir diversas categorias específicas nas quais essa graça comum pode ser vista.
O Antigo Testamento também fala da graça comum de Deus que vem aos descrentes tanto quanto aos crentes. Um exemplo específico é o de Potifar, o capitão da guarda do Egito que comprou José como escravo: “o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo” (Gênesis 39:5). Davi fala de modo muito mais geral a respeito das criaturas que o Senhor fez:
“O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas. [...] Os olhos de todos estão voltados para ti, e tu lhes dás o alimento no devido tempo. Abres a tua mão e satisfazes os desejos de todos os seres vivos” (Salmos 145:9,15,16).
Estes versículos são outro lembrete de que a bondade que é encontrada em toda a criação não acontece automaticamente — ela se deve à bondade de Deus e Sua compaixão.
A graça comum de Deus na esfera intelectual é vista no fato de que todas as pessoas têm certo conhecimento de Deus: “porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças” (Romanos 1:21). Isso significa que há um senso da existência de Deus e muitas vezes a fome de conhecer Deus que Ele permite que permaneça no coração das pessoas, embora isso resulte muitas vezes em muitas religiões diferentes criadas pelos homens. Portanto, mesmo quando falando a pessoas que sustentavam religiões falsas, Paulo pôde encontrar um ponto de contato com respeito ao conhecimento da existência de Deus, exatamente como fez quando falou aos filósofos atenienses: “Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos [...] o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio” (Atos 17:22,23).
A graça comum de Deus na esfera intelectual também resulta na capacidade de captar a verdade e distingui-la do erro e de experimentar crescimento em conhecimento que pode ser usado na investigação do universo e na tarefa de dominar a terra. Isso significa que toda ciência e tecnologia desenvolvida pelos não-cristãos é resultado da graça comum, permitindo-lhes fazer descobertas e invenções incríveis, para desenvolver os recursos do planeta na criação de muitos bens materiais, para produção e distribuição desses recursos e para alcançar habilidades na obra produtiva. Em sentido prático, isso significa que, cada vez que entramos em uma mercearia, andamos em um automóvel ou entramos em uma casa, devemos lembrar que estamos experimentando os resultados da abundante graça comum de Deus derramada tão ricamente sobre toda a raça.
O governo humano é também resultado da graça comum. Ele foi instituído no princípio por Deus após o dilúvio (ver Gênesis 9:6) e, segundo Romanos 13 claramente afirma, foi estabelecido por Deus: “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas”. Está claro que o governo é dom de Deus para a raça em geral, pois Paulo diz que a autoridade “é serva de Deus para o seu bem” e que ela é “serva de Deus, agente de justiça para punir quem pratica o mal” (Romanos 13:4). Um dos principais meios que Deus usa para refrear o mal no mundo é o governo humano. As leis humanas, as forças policiais e os sistemas judiciais proporcionam poderosa repressão às más ações, e esses são freios necessários, pois há muito mal no mundo que é irracional e pode ser restringido pela força, já que ele não será impedido somente pela razão ou pela educação. Obviamente a pecaminosidade das pessoas pode também afetar os governos em si mesmos, de forma que o governo humano, igual a todas as outras bênçãos da graça comum que Deus dá, pode ser usado tanto para o propósito do bem como do mal.
Deus responde às orações dos descrentes? Embora Deus não tenha prometido responder às orações dos descrentes como prometeu responder às orações dos que vêm a Ele em nome de Jesus, e embora Ele não tenha obrigação de responder às orações dos descrentes, mesmo assim Deus pode por Sua graça comum ouvir e responder positivamente às orações deles, demonstrando dessa forma Sua misericórdia e bondade de outro modo ainda (cf. Salmos 145:9,15; Mateus 7:22; Lucas 6:35,36). Esse é provavelmente o sentido de 1 Timóteo 4:10, que diz que Deus é o “Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem”. Aqui “Salvador” não significa restritamente “quem perdoa pecados e dá vida eterna”, porque tais coisas não são dadas aos que não crêem. “Salvador” deve ter aqui um sentido mais geral — a saber, “quem resgata da miséria, quem liberta”. Em caso de pobreza e miséria, Deus muitas vezes ouve as orações dos descrentes e os livra graciosamente de seus problemas. Além disso, mesmo os descrentes muitas vezes possuem um senso de gratidão para com Deus pela bondade da criação, pela libertação em meio ao perigo e pelas bênçãos da família, do lar, das amizades e do país.
Devemos também reconhecer que as ações que os descrentes realizam por causa da graça comum não merecem favor de Deus. Essas ações não são motivadas pelo amor a Deus (Mateus 22:37), e sim pelo amor ao ego sob uma ou outra forma. Portanto, embora possamos prontamente dizer que as obras dos descrentes que se conformam externamente às leis de Deus são “boas” em algum sentido, contudo elas não são boas em termos de merecer a aprovação de Deus nem de tornar Deus endividado para com o pecador em sentido algum.
Finalmente, devemos reconhecer que os descrentes muitas vezes recebem mais graça comum que os crentes — eles podem ser mais habilidosos, trabalhar com mais esforço, ser mais inteligentes, mais criativos ou ter mais dos benefícios materiais desta vida para desfrutar. Isso não indica de forma alguma que eles são mais favorecidos por Deus no sentido absoluto ou que eles vão ganhar qualquer coisa relativa à salvação eterna, mas significa somente que Deus distribui as bênçãos da graça comum de vários modos, muitas vezes concedendo bênçãos bastante significativas a descrentes. Em tudo isso, obviamente, eles devem tomar consciência da bondade de Deus (Atos 14:17) e reconhecer que a vontade revelada de Deus é que essa “bondade de Deus” finalmente os conduza “ao arrependimento” (Romanos 2:4).
C. Razões para a graça comum
Por que Deus concede graça comum a pessoas imerecedoras que nunca virão à salvação? Podemos sugerir ao menos quatro razões.
1. Para redimir os que serão salvos. Pedro diz que o dia do juízo e da execução final de punição está sendo retardado porque há ainda mais pessoas que serão salvas. “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9,10). De fato, essa razão foi verdadeira desde o princípio da história humana, pois, se Deus quisesse salvar qualquer pessoa entre todos que compõem a humanidade pecaminosa, Ele não poderia destruir todos os pecadores imediatamente (nesse caso não sobraria ninguém da raça humana). Ao contrário, Ele resolveu permitir que seres humanos pecaminosos vivessem algum tempo de modo a ter uma oportunidade de arrependimento e também para que pudessem gerar filhos, capacitando gerações subseqüentes a viver, a ouvir o evangelho e se arrepender.
2. Para demonstrar a bondade e a misericórdia de Deus. A bondade e a misericórdia de Deus não são vistas somente na salvação dos crentes, mas também nas bênçãos que Deus dá aos pecadores que não as merecem. Quando Deus “é bondoso para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35), essa bondade é revelada no universo, para a Sua glória. Davi diz: “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas” (Salmos 145:9). Na história de Jesus conversando com o moço rico, lemos: “Jesus olhou para ele e o amou” (Marcos 10:21), embora o homem fosse um descrente que no mesmo instante afastou-se de Jesus porque possuía muitas riquezas. Berkhof diz que Deus “derrama incontáveis bênçãos sobre todos os homens e também indica claramente que elas são expressões de uma disposição favorável de Deus que, contudo, fica muito aquém da volição positiva exercida para lhes perdoar, suspender a sentença a eles imposta e assegurar-lhes a salvação”.
Não é injusto Deus retratar a execução da punição do pecado e dar temporariamente bênçãos aos seres humanos, porque a punição não é esquecida, mas apenas retardada. Retardando a punição, Deus mostra claramente que não tem prazer em executar o juízo final, mas, ao contrário, Ele se deleita na salvação de homens e mulheres. “Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o SENHOR, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam” (Ezequiel 33:11). Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Em tudo isso o tempo de espera da punição dá uma evidência clara da misericórdia, bondade e amor de Deus.
3. Para demonstrar a justiça de Deus. Quando repetidamente Deus convida os pecadores a virem à fé e repetidamente eles recusam os Seus convites, a justiça de Deus em condená-los é vista muito mais claramente. Paulo adverte que quem persiste na incredulidade está simplesmente acumulando a ira para si mesmo: “Contudo, por causa da teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento” (Romanos 2:5). No dia do juízo todas as bocas serão silenciadas (Romanos 3:19), e ninguém será capaz de contrapor que Deus foi injusto.
4. Para demonstrar a glória de Deus. Finalmente, a glória de Deus é mostrada de muitas formas pelas atividades dos seres humanos em todas as áreas nas quais a graça comum está
D. Nossa resposta à doutrina da graça comum
Pensando sobre as várias espécies de bondades vistas na vida dos descrentes por causa da graça comum que Deus dá abundantemente, devemos ter em mente três pontos.
1. Graça comum não significa que quem a recebe será salvo. Mesmo uma porção excepcional de graça comum não significa que quem a recebe será salvo. Até as pessoas mais habilidosas, mas inteligentes, mais ricas e poderosas no mundo ainda carecem do evangelho de Jesus Cristo ou serão condenadas eternamente! Os nossos vizinhos mais bondosos e de moral mais elevada ainda carecem do evangelho de Jesus Cristo ou serão condenados eternamente! Exteriormente pode parecer que eles não têm necessidade algumas, mas a Escritura ainda diz que os descrentes são “inimigos de Deus” (Romanos 5:10; cf. Colossenses. 1:21; Tiago 4:4) e são “contra” Cristo (Mateus 12:30). Eles são “inimigos da cruz de Cristo” e “só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses 3:18,19), sendo “por natureza merecedores da ira” (Efésios 2:3).
2. Devemos ter cuidados em não rejeitar as coisas boas que os descrentes fazem, considerando-as totalmente más. Pela graça comum os descrentes fazem algumas coisas boas, e devemos ver a mão de Deus nelas, sendo agradecidos por elas, como por exemplo nas amizades, em cada ato de bondade, no que elas trazem de bênçãos para outras pessoas. Tudo isso — embora o descrente não o saiba — procede em última análise de Deus, e Deus merece a glória por tudo.
Autor: Wayne Grudem
Fonte: Teologia Sistemática do autor, Editora Vida Nova, págs. 297-304
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