terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Mantendo a palavra

<<As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!>> Salmo 19.14


*Rose Thomas 
Nem sempre mantenho minha palavra. Na verdade, já decepcionei outros e a mim mesma inúmeras vezes, porque deixei de cumprir minha palavra.
Alguns anos atrás, uma preciosa amiga e eu havíamos ido fazer a interpretação na linguagem dos sinais, num programa à tarde. Interpretamos juntas e, após o programa, ela me conduziu até à entrada da rodovia interestadual que eu precisava tomar para voltar para casa. 

Mais tarde, naquele mês, me lembrei dela e prometi a mim mesma que lhe telefonaria em seguida. Desejava expressar meu agradecimento a ela, por ter sido tão gentil e bondosa. Adiei o telefonema. Então, ela morreu, repentinamente. A culpa e a vergonha que carrego só têm sido aliviadas pela misericórdia de Deus, mas o remorso continua... talvez para lembrar-me de cumprir o que prometo.

Certa vez, meu esposo dependia de mim quanto ao licenciamento do carro, já que tenho feito isso há anos. Um ano, simplesmente adiei a renovação do licenciamento do carro do meu esposo, mesmo depois de ele ter me lembrado e avisado que poderia correr riscos. Ele teria cuidado do assunto com toda disposição, mas lhe garanti que eu me encarregaria, pois o prazo ainda não estava vencido - ainda havia tempo, disse eu para mim mesma. Mas não tomei as providências.

Um dia, meu esposo foi parado e multado pelo licenciamento vencido. Mais uma vez, a graça de Deus e a compreensão do meu esposo me abrigaram, enquanto eu continuava a me desprezar. Quando é que eu aprenderia a lição? Em Mateus 5.37, Jesus diz: "Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do malígno." A lição para mim é: Não diga que você fará algo, ao menos que realmente vá fazê-lo.

Mais e mais, sinto a doce voz do Espírito apelando para que eu cumpra a palavra para os outros e para mim mesma. As pequenas coisas que negligencio fazer resultam, com frequência, numa enorme e horrível culpa, vergonha e inconveniência aos outros. Assim, tenho sempre orado: Querido Senhor, que as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença.

*Rose Thomas é casada, e mãe de dois filhos. Tem prazer em lecionar num centro educacional em Longwood, Flórida.

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