No oculto de seu pequenino quarto,
Portas fechadas, sem fazer alarde,
O moço presta culto; o peito arde,
Busca da Água e do Pão que o torna farto.
E diz a seu Amado: Não me aparto
Deste lugar quer seja cedo ou tarde,
Nada me impedirá que eu Te aguarde,
Se não vieres a mim, daqui não parto.
De que me vale ter todas as coisas?
A fome em minha alma não se mede;
Virás pra saciar a minha sede?
Tesouros vãos se vão. São ventos, brisas,
Quero buscar primeiro a Ti e ao Reino;
No qual quero chegar feito menino.
Silvestre Kuhlmann
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