Grandes, pequenos,
pesados, frágeis,
Todos os modelos, todos os tamanhos,
dóceis esperam
que o autor os leve ao fogo.
De onde sairão firmes,
impermeáveis,
prontos para servir...
Para um humilde lugar,
longe dos vasos de cristal e ouro.
Vasos de barro,
bolas de argila
que as mãos hábeis do oleiro
transformaram.
Vieram do pó que os animais pisam,
do princípio de tudo
e para onde tudo volta.
Vasos de barro,
onde as flores serão mais lindas:
simples e humildes,
não desviarão os olhos
que contemplam a beleza da flor.
Em vasos de barro as flores crescem
Lindas.
Vasos de barro é o que pede Deus
para provar a esse mundo aflito,
através do finito, o infinito...
mostrando na terra o poder dos céus.
Por isso eu, vaso do pó arrancado,
um dia modelado pelo Eterno amor,
quero mostrar ao mundo a sua
Grandeza
como um pequeno vaso sem beleza,
sustentando uma bonita flor.
Que importa se cansado ou gasto
esse menor entre mil vasos seus
voltar um dia ao seu Criador?
Em outros vasos crescerá a flor
para o bem do mundo e a glória de
Deus.
Extraído do livro Entrega e Consagração (Editora UFMBB).
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